26 Maio 2017
E novamente Brasília está em pauta, porém não por conta de algum escândalo político e nem pelo desligamento do sinal de TV analógico, mas sim por ser eleita a capital brasileira em que mais se utiliza a internet como meio de automedicação e autodiagnóstico de doenças.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 66% dos entrevistados do Distrito Federal revelaram que utilizam as pesquisas na internet (vulgo Google) para detectar sintomas ou consultar indicações de medicamentos. Ou seja, esse é um hábito comum em mais da metade da população, assim pode-se dizer.
Acredite, mas dentre os problemas mais pesquisados no Google na internet está a cefaleia, a famosa dor de cabeça:
Se você digitar cefaléia [dor de cabeça], vai aparecer um monte de resultado. Mas a pessoa comum não tem capacidade técnica para interpretar aquela informação da melhor forma. O grande perigo é achar que o problema é gigantesco quando ele é simples ou achar que é insignificante quando o sintoma é grave. Em alguns casos, há até risco de morte", revela o pesquisador e farmacêutico Ismael Rosa.
A pesquisa aponta ainda que:
- 40% das pessoas que se automedicam também buscam diagnósticos online;
- 41% dos entrevistados disseram que "os pronto-socorros estão superlotados";
- 18% não consideram a avaliação médica importante para o diagnóstico dos sintomas;
- 17% diz que o preço elevado das consultas médicas foi apontado como empecilho para avaliação por profissionais;
- 9% disseram que as "buscas pela internet são mais eficientes";
- 7% disseram os médicos, em geral, são "inacessíveis";
Para chegar a essas conclusões foram entrevistadas 2.340 pessoas em 16 capitais do país, sendo que em 80% dos casos o questionário foi aplicado pessoalmente e nos demais via telefone. Vale ressaltar que o termo internet utilizado pelas pessoas na hora das respostas não distingue nenhuma plataforma específica.
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