Curiosidade 26 Abr
Sem dizer as palavras "Rússia", "Hillary Clinton" ou "Donald Trump", o Facebook reconheceu pela primeira vez o que a rede social pode, sim, ter sido usada por pessoas mal intencionadas durante a última eleição presidencial. Em um documento divulgado pela divisão de segurança, a plataforma disse, nesta quinta-feira (27/04), que "atores maliciosos" usaram a rede social como parte de uma campanha "com a intenção de prejudicar a reputação de alvos políticos específicos".
O relatório, feito por dois funcionários do Facebook, observou que as "notícias falsas" foram disseminadas com diferentes principais técnicas, como falsas notícias e perfis falsos. Um dos trechos do documento diz o seguinte:
Fomos obrigados a expandir o nosso foco de segurança do comportamento abusivo mais típico, como o hacking de contas, o malware, o spam e as fraudes financeiras para incluir também formas mais subtis e traiçoeiras de uso indevido da nossa plataforma. E isto inclui tentativas de manipular o discurso público e de iludir as pessoas.
Diante das acusações, Zuckerberg tem anunciado ferramentas para evitar a proliferação de conteúdo falso ou de fakes. Outras grandes empresas da internet, como o Google, também estão preocupados com esse problema. O Wikipédia, inclusive, anunciou uma plataforma focada no jornalismo.
E que surpresa! Donald Trump, que teria sido o favorecido com a influência de notícias falsas e russos na campanha de 2016, reconheceu que os norte-americanos podem, sim, ter sido alvo de ataques de estrangeiros.
Os russos também estariam atrás de invasões de computadores da campanha eleitoral de Emmanual Macron, o favorito para vencer a disputa pela presidência da França. Segundo noticiado anteriormente, os PCs foram acessados de forma criminosa por hackers do grupo russos Pawn Storm, também chamado de Fancy Bear. Diz a empresa japonesa Trend Micro, responsável pela elaboração do relatório, que os criminosos virtuais tentaram roubar informações através do envio de e-mails fraudulentos. Mais uma vez, o Kremlin negou qualquer envolvimento e assegurou que só os franceses devem decidir quem deve ser seu presidente.
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