Ontem (23) a Samsung apresentou ao público o Galaxy Note 8, seu mais novo aparelho top de linha. E ele chega ao mercado com a missão de não cometer os mesmos erros de projeto da versão anterior, o Galaxy Note 7, que sofreu um recall completo pois a sua bateria tinha um grande risco de explodir. Ela até lançou um modelo recondicionado, chamado de Galaxy Note 7 FE, mas o estrago na imagem da empresa já havia sido feito.

Para tanto, a gigante sul-coreana Samsung deu uma atenção especial ao processo de fabricação das baterias que serão usadas em seu aparelho. O primeiro passo foi diminuir a capacidade delas. Se no modelo explosivo do ano passado ela tinha 3.500 mAh, no Galaxy Note 8 ela tem "apenas" 3.300 mAh. Redução baixa, mas significativa.

Além disso, no comunicado à impressa a respeito do Galaxy Note 8, a empresa fez questão de destacar o seu "contínuo compromisso com a segurança". Nos parágrafos seguintes ela explicou que contou com a ajuda da Underwriters Labs (UL) para a fabricação das novas e mais seguras baterias.

Juntas, as companhias desenvolveram um novo processo de fabricação, que conta com uma checagem de segurança de 8 etapas. Eles até fizeram um vídeo para explicar o funcionamento do novo processo de fabricação:

Devido a esse rigoroso sistema de controle e qualidade, a Samsung chega a descartar 3% de todas as baterias produzidas. Para o mundo industrial, isso é visto como desperdício de dinheiro, já que as empresas tentam desperdiçar o mínimo possível de sua matéria-prima. Porém, essa "economia" gerou prejuízos milionários em 2016. O presidente da UL International, Sajeev Jesudas. declarou:

Nós trabalhamos de perto com a Samsung para criar avanços significativos na ciência de qualidade do smartphone e de avaliação de segurança. Como resultado, o Note 8 completou com sucesso uma rigorosa série de testes de protocolo de compatibilidade e segurança de bateria.

Assim, acho que podemos afirmar com um certo grau de certeza que o Galaxy Note 8 não terá os problemas explosivos do seu antecessor.