Apple 12 Set
Então chegou o evento mais esperado pelos fãs e haters da Apple, trazendo consigo a apresentação de três smartphones distintos. Ao passo que o iPhone 8 e iPhone 8 Plus não mudaram muito em relação ao iPhone 7 e iPhone 7 Plus, respectivamente, quem entrou em destaque foi o iPhone X.
Apple tratou o iPhone X como uma verdadeira inovação, mas será que essa peça de tecnologia é realmente isso tudo? A resposta mais rápida e sensata é “não”, e vamos explicar o porquê. Ele se inspirou em não uma, não duas e nem três: oito funções já estão presentes no Android.
Apple decidiu trocar o metal pelo vidro na fabricação dos novos iPhones, pura e simplesmente pelo fato de que o material permite o carregamento por indução, chamado de “sem fio”. Isso já existe em aparelhos Android desde 2011, quando o LG Revolution — que não chegou ao Brasil — foi apresentado.
A pioneira no movimento de visual “sem bordas” foi a Sharp, com sua linha Aquos, em 2014. Desde então, um leque de opções com a aparência arrojada está presente no mercado. Os mais recentes são o Xiaomi Mi Mix 2 e as linhas da Samsung, Galaxy S8 e Galaxy Note 8, com display curvo.
Certo, Apple caprichou no reconhecimento facial no iPhone, usando um conjunto de tecnologias jamais vistas no setor. O conceito de leitura de rostos em si, no entanto, é um assunto velho na categoria Android. A primeira iniciativa é aconteceu no Samsung Galaxy Nexus, com Android Ice Cream Sandwich, em 2011.
Gravação de vídeo em 4K está longe de ser uma novidade, sendo usada pela Apple desde o iPhone 6s e no iPhone 6s Plus, então nada de novo por aqui. A estabilização óptica de imagem dupla, no entanto, ainda é rara, mas a Samsung deixou a Maçã para trás ao implementar no Galaxy Note 8, antes do iPhone X.
Qualcomm lançou a tecnologia de carregamento rápido, Quick Charge, em 2011. Desde então, a maioria dos celulares Android suporta o método energético, enquanto a Apple passou a usar apenas nos iPhones deste ano de 2017. Ela diz que é possível carregar 50%, em apenas 30 minutos.
iPhone X é o primeiro smartphone da Apple a usar um display OLED, os antigos se baseiam no LCD. Quem lançou a tecnologia primeiro, é claro, foi a Samsung: o Galaxy original ganhou o título de pioneiro, chegando às lojas 8 anos atrás, ou seja, em 2009. É válido lembrar que tanto o iPhone 8 quanto o iPhone 8 Plus ainda usam o LCD.
Além da tela OLED, iPhone X também suporta a tecnologia HDR (High Dynamic Range), oferecendo uma qualidade maior na reprodução de vídeo. Apple, novamente, não foi a primeira: LG lançou o G6, no começo de 2017, com a mesma proposta. Desde então, outros também aderiram:
Apple disse, durante seu evento, que o iPhone X é o primeiro smartphone feito especialmente para a realidade aumentada. Bom... não, apenas não. Lenovo PHAB 2 Pro, com a tecnologia ARCore, foi o pioneiro, lançado em novembro de 2016. ASUS também participa do nicho, com o ZenFone AR.
Mas há o lado bom...
Certo, para ser justo com o time da Apple, também há tecnologias que são exclusivas do iPhone X, pelo menos até então. Elas dizem respeito ao “cérebro” por trás do smartphone, bem como a potência das câmeras duplas, que sobem de nível em relação ao iPhone 7 Plus.
Apple não sabe brincar: o A11 Bionic, o novo chip que dá vida ao iPhone 8, 8 Plus e X, é o mais poderoso na história da empresa, e provavelmente o mais potente em todo o mercado de telefonia móvel. São seis núcleos, quatro eficientes no quesito de energia e outros dois, desta vez voltados ao desempenho.
Ao contrário do A10, a nova peça moderna usa um controlador de performance que permite o uso de todos os núcleos, ao mesmo tempo. A promessa é de uma velocidade superior em até 70% em relação ao iPhone 7. Um motor neural também está incluso no pacote tecnológico.
Este, por sua vez, está em cargo de administrar a leitura facial e outros recursos de aprendizado de máquina, sendo capaz de realizar até 600 bilhões de processos por segundo. Por fim, a placa gráfica está 30% melhor e o coprocessador de movimento M11 auxilia no gerenciamento dos sensores.
Já falamos que a gravação 4K não é uma novidade no mercado, mas as empresas pararam em 30 quadros por segundo. Apple dobrou esse número com os novos iPhones, entregando uma qualidade impecável de vídeo que combina movimentos realistas a uma resolução altíssima.
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