Apple 09 Fev
Inúmeros rumores já indicam que a Apple vem trabalhando em soluções voltadas para Realidade Aumentada e Realidade Virtual, incluindo o Apple VR, headset premium da empresa que deve contar com hardware robusto, e o tão falado Apple Glass, que deve estrear somente em 2022. A aposta da Maçã na tecnologia não chega a ser uma surpresa, considerando seus investimentos na adoção do sensor LiDAR em muitos de seus dispositivos.
Agora, novas patentes concedidas à Apple nesta semana reforçam que a gigante de Cupertino está de fato focada em adentrar nos mercados de AR e VR. Solicitadas em maio e julho de 2017, as tecnologias em questão prometem ampliar a imersão dos usuários e podem ser alguns dos diferenciais dos aparelhos da Apple no segmento.
A primeira delas, de título "Dispositivos eletrônicos com output háptico direcional", descreve o uso do feedback háptico, a vibração de alta resolução, em determinadas direções nas superfícies de um dispositivo.
Curiosamente, o documento também descreve os problemas do uso da tecnologia, como um output muito fraco ou que fornece sensações indesejadas e a necessidade de um corpo mais robusto para acomodar os motores, algo que tornaria sua presença em headsets inviável.
Ainda assim, apesar de não ser necessariamente voltada para um headset, a documentação descreve a possibilidade do uso da tecnologia em um dispositivo acoplado à cabeça agindo de maneira conjunta com um telefone celular. Nesse caso, o usuário teria a sensação de resistência ao tentar mover um objeto virtual, de modo similar ao que é aplicado no DualSense do PS5, por exemplo.
A patente tem como autores Paul X. Wing e Michael Y. Cheung, com o primeiro deles sendo responsável pela implementação de sistemas hápticos nos protótipos de um teclado de vidro da Apple e na Apple pencil.
A segunda patente, de nome "Métodos e aparatos de compressão de vídeo", sem dúvida é destinada a óculos VR e AR, considerando que esses dispositivos devem contar com painéis 8K e múltiplas câmeras. O documento descreve o trabalho conjunto de um motor de renderização, que produziria frames com o conteúdo AR, e um encoder para compressão que utilizaria os movimentos do óculos para operar, ao invés de duplicar frames.
A tecnologia também seria capaz de sintetizar um novo frame para lidar com frames que não foram devidamente transmitidos para o óculos. Dados do quadro anterior seriam usados, garantindo movimento suave e um efeito de realidade mista. Essa patente foi creditada a Geoffrey Stahl e Avi Bar-Zeev, sendo o segundo o criador do Microsoft Hololens e um dos envolvidos na patente do Apple VR. Avi, no entanto, não trabalha mais na Apple.
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