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Tim Cook nega pedido do FBI para criar uma backdoor em iPhone de terrorista

17 de fevereiro de 2016 16

O CEO da Apple Tim Cook postou uma carta aberta aos seus clientes, explicando os motivos que levam a empresa a se opor à ordem de um juiz Federal dos EUA para ajudar o FBI a acessar os dados de um iPhone 5c usado pelo atirador de San Bernardino, Syed Farook. Cook diz que este momento é para discussão pública, e que a empresa quer que seus clientes entendam o que está em jogo.

No dia 2 de dezembro de 2015, Syed Farook, de 28 anos, e Tashfeen Malink, de 27 anos, foram identificados como os responsáveis por um atentado que matou 14 pessoas e feriu 21 durante a confraternização de fim de ano em San Bernardino.

Tim Cook escreveu na carta aberta que a Apple e seus empregados ficaram "chocados e indignados" pelo ocorrido em San Bernardino e que a Apple tem cumprido intimações e mandados de busca válidos dos agentes do FBI. A Apple também deixou engenheiros disponíveis para aconselhar o FBI, além de fornecer conselhos gerais sobre como eles poderiam investigar o caso. No entanto, Cook diz que estes são os limites onde a Apple pode chegar.

Nós temos grande respeito pelos profissionais do FBI, e acreditamos que suas intenções são boas. Até este ponto, nós fizemos tudo o que está ao nosso alcance e dentro da lei para ajudá-los. Mas agora o governo dos EUA pediu-nos por algo que simplesmente não temos, e algo que consideramos perigoso demais para criar. Eles nos pediram para construir uma backdoor para o iPhone.

Especificamente, o FBI quer que nós façamos uma nova versão do sistema operacional do iPhone, contornando vários recursos de segurança importantes e instalemos em um iPhone recuperado durante a investigação. Nas mãos erradas, esse software — que não existe hoje — teria potencial para desbloquear qualquer iPhone em posse física de alguém.

O pedido seria para que a Apple "abra as portas" para decifrar o bloqueio após dez tentativas frustradas de introduzir a senha para ter acesso aos dados do aparelho. Cook diz ainda que o governo sugere que a solução de ignorar um recurso que desativa um iPhone depois de um certo número de tentativas erradas de senha, só pode ser usado uma vez e em um único dispositivo. O CEO disse que isso "simplesmente não é verdade" e que uma vez criada, esta chave pode ser usada repetidamente. "No mundo físico, isso seria o equivalente a uma chave mestra, capaz de abrir centenas de milhões de fechaduras, de restaurantes e bancos, lojas e casas," diz Cook.

Tal software, diz Cook, minaria décadas de trabalho da Apple em avanços de segurança que protege os seus clientes. Ele observa a ironia em engenheiros de segurança da Apple enfraquecendo propositadamente as proteções que eles mesmos criaram. A Apple diz que não encontrou nenhum precedente de nenhuma empresa americana que tenha sido forçada a expor seus clientes. Ele observa que especialistas em segurança alertaram contra o enfraquecimento de criptografia, comparando o resultado como benefício para bandidos e mocinhos que seriam capazes de tirar proveito de alguma fraqueza potencial.

Finalmente, Cook diz que o FBI está propondo o que a Apple chama de "uso sem precedentes" do All Writs Act de 1789, que autoriza os tribunais federais a emitir todas ordens necessárias ou apropriadas "em prol de suas respectivas jurisdições e agradáveis para os usos e os princípios da lei." O efeito deste uso, segundo Cook, permitiria poder ao governo para capturar dados de qualquer dispositivo ou exigir à Apple que crie um programa de coleta de dados para interceptar dados de um cliente, potencialmente incluindo infrações como usar uma câmera ou um microfone de um dispositivo sem o conhecimento do usuário.

Cook conclui em sua carta de aberta dizendo que a oposição à ordem que a empresa recebeu trata-se do "mais profundo respeito pela democracia".


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