Trump insiste na ideia de que a Apple deve fabricar seus dispositivos em solo norte-americano. Em uma entrevista à Axios, ele disse acreditar que Cook "ama este país, e eu acho que ele gostaria de fazer algo importante aqui". A fabricação doméstica tem sido uma questão importante para Trump, que no ano passado chegou a pedir um boicote à Apple durante a sua campanha.

Cook e vários outros líderes tecnológicos se encontraram com Trump em Nova York no mês passado. Após a reunião, o presidente eleito dos EUA teria se sentado em particular com o CEO da Apple e o fundador da Tesla, Elon Musk.

Os detalhes dessas reuniões permanecem em segredo, mas o presidente-executivo da Cisco, Chuck Robbins, disse ao Business Insider que a primeira reunião, com o grupo maior, discutiu uma série de questões, incluindo impostos, comércio e imigração. Robbins caracterizou o encontro como "construtivo", "interativo" e com "muitas risadas".

Além de Cook, Jeff Bezos, da Amazon, Larry Page, do Google e Satya Nadella, da Microsoft, eram alguns dos líderes presentes no encontro.

Tim Cook explicou sua presença na reunião aos funcionários da Apple logo depois, dizendo que achava necessário participar da reunião com Trump - apesar das óbvias diferenças políticas entre ambos. As questões citadas por Cook incluem privacidade, segurança, educação, direitos humanos e meio ambiente. São estas as principais questões em que as políticas corporativas da Apple estão em desacordo com a agenda da administração Trump.

Quanto à fabricação nos Estados Unidos, Trump disse que planeja criar grandes incentivos para a Apple se convencer a criar iPhones nos EUA. Ele prometeu um "corte de impostos muito grande" para as empresas que trazem empregos do exterior para a América.

As promessas do presidente eleito dos EUA inspiraram várias fabricantes e fornecedores de componentes parceiras da Apple a refletirem sobre suas opções de operar nos EUA. A Foxconn e sua subsidiária Sharp, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., a Pegatron e outros manifestaram interesse em aproveitar os incentivos empresariais que Trump prometeu, embora nenhum compromisso tenha sido oficializado.

O republicano já reuniu-se com o pessoal do Softbank para debater a viabilidade de implementar uma fábrica da Foxconn no país. A estimativa é de que o investimento possa criar até 50 mil postos de empregos para os norte-americanos. No entanto, a Foxconn anunciou recentemente que quer construir fábrica na China.