15 Fevereiro 2017
Os criadores do Uber estão sendo processados por plágio por um empresário da Califórnia em São Francisco. A alegação é que eles teriam roubado sua idéia e seus planos para um serviço de caronas baseado em celulares.
Kevin Halpern alega na ação que ele era "o inventor original da idéia, conceito, codificação design, aparência, aplicação e do protótipo" de uma empresa de transporte utilizando o celular e a tecnologia de posicionamento global já em 2002. A acusação de plágio inclui reclamações contra Uber, contra seus criadores Travis Kalanick e Garret Cam e vários investidores da empresa por apropriação indevida de segredos comerciais, pela conversão de desenhos e planos de Halpern e por quebra de contrato.
A ação pede compensação financeira e danos punitivos em um valor que ainda será determinado pelo júri, além de uma decisão judicial descrevendo os direitos de Halpern em relação a propriedade intelectual do projeto. O advogado da vítima afirma que ela sofreu danos econômicos severos, "Acredita-se que mais de US $ 1 bilhão."
Halpern alega na ação que ele desenvolveu seus planos em 2002, de "modo quese invisível", a fim de proteger seus segredos. Ele trabalhou através de uma empresa chamada Celluride Wireless Inc., que ele fundou em 2003. O ponto de virada teria sido o ano de 2006, quando Halpern começou a conversar com Kalanick, um companheiro do empresário, sobre seus planos de forma confidencial, pois ele acreditava que o futuro criador do Uber poderia ser capaz de se tornar um conselheiro ou executivo da Celluride.
"Antes de revelar os segredos comerciais da Celluride, Halpern fez Kalanick prometer que ele iria manter o conceito do projeto e a propriedade intelectual (Celluride) confidenciais", segundo consta no processo.
A ação judicial diz também que Halpern confidencialmente disse Bill Trenchard, um colega da Universidade de Cornell ex-aluno que mais tarde tornou-se um investidor Uber, sobre seus planos em 2007, na esperança de que Trenchard iria investir na Celluride. O relato conclui com um evento em 2008, onde todos eles teriam conspirado para roubar os segredos da sua empresa.
Uber emitiu um comunicado dizendo: "Estas alegações são completamente infundadas. Nós vamos defender vigorosamente contra eles." Ainda que as acusações sejam graves, Halpern terá muita dificuldade de prová-las perante a justiça. Quase todas as provas alegadas no processo, mostram relatos verbais, não parece ter ocorrido nenhum rompimento efetivo de contrato do ponto de vista legal.
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