Economia e mercado 22 Jan
Para competir com as principais lojas online de eletrônicos, como AliExpress e Amazon Brasil e eBay, a Americanas Mundo começou a operar discretamente. A companhia, pertencente à brasileira B2W, que tem João Paulo Lehman como sócio, traz diferenciais interessantes para quem deseja comprar eletrônicos e gadgets importados.
A intenção da empresa era anunciar a Americanas Mundo somente em março, mas a informação vazou graças a um relatório do BTG Pactual - responsável pelo vazamento da operação da Amazon Brasil - que mencionava o assunto. A B2W é dona de outras marcas de comércio eletrônico como Submarino, Shoptime e Sou Barato.
É possível comprar cerca de 2,3 mil produtos agrupados em seis categorias: relógios, informática e acessórios, automotivo, esporte e lazer, brinquedos, e beleza e perfumaria. Nessas categorias é possível comprar fones de ouvido, teclados, roteadores, projetores portáteis e powerbanks, por exemplo. Os preços variam entre R$ 23,50 a 4,3 mil.
Mas, diferente da loja online brasileira, não há opção de smartphones em seu catálogo. Produtos da Xiaomi, como a pulseira Mi Band 3 e o tablet Mi Pad 4 estão disponíveis, assim como roteadores da Asus.
Entre os diferenciais da Americanas Mundo esta o frete grátis, que seus concorrentes não possuem, a opção de parcelamento em até 10 vezes no cartão e o atendimento em português. O prazo de entrega varia de 10 a 50 dias úteis. Para pagamentos à vista, é possível utilizar cartão de débito ou boleto bancário, e há também a opção de devolução de produtos com defeitos ou diferentes do solicitado em até sete dias úteis.
A opção de comprar, em uma única operação, produtos da Americanas.com e Americanas Mundo ainda não está disponível para o usuário, que terá de fazer transações separadas.
Segundo o Valor Econômico, a estratégia de frete gratuito pode ser apenas por tempo determinado. Roberto Wajnosztok, presidente da consultoria Origin5, ouvido pelo jornal, disse que "se [o frete grátis] for de forma definitiva essa conta não fecha. O jornal apurou ainda que o próximo passo da B2W é a venda no exterior de mercadorias de lojistas brasileiros.
Apesar da estratégia semelhante à de seus concorrentes, como o AliExpress, de venda de ítens de lojistas hospedados em um site único, o BTG Pactual analisa que a B2W será mais seletiva na escolha de sua base de vendedores no site. A meta da empresa é atingir até 10 milhões de itens vendidos até o fim de 2019, com R$ 5,7 bilhões de vendas brutas em 2025.
O setor de varejo cross-border vende atualmente entre US$ 3 e US$ 4 bilhões, segundo consultores ouvidos pelo jornal Valor Econômico e cresce de 15% a 20% ao ano, acima da média do varejo online.
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