LOADING...
Faça login e
comente
Usuário ou Email
Senha
Esqueceu sua senha?
Ou
Registrar e
publicar
Você está quase pronto! Agora definir o seu nome de usuário e senha.
Usuário
Email
Senha
Senha
» Anuncie » Envie uma dica Ei, você é um redator, programador ou web designer? Estamos contratando!

Editor-chefe da Marvel confessa que fingiu ser roteirista japonês e críticos querem sua demissão

19 de dezembro de 2017 2

Se você é um leitor voraz da Marvel e acompanhou os lançamentos entre 2004 e 2005, talvez se lembre de um autor chamado Akira Yoshida. Ele surgiu meio que "do nada", e escreveu em um punhado de títulos, como Thor: Son Of Asgard, X-Men: Age Of Apocalypse, Elektra: The Hand, Wolverine: Soultaker, Kitty Pryde: Shadow & Flame, X-Men: Fantastic Four, e alguns para a Dark Horse, incluindo Conan and the Demons of Khitai.

Então, assim como apareceu, ele desapareceu. Nunca houve uma foto publicitária dele, ele nunca participou de nenhum painel, e todas as entrevistas com ele foram realizadas remotamente. Depois que os quadrinhos acima mencionados, e mais alguns outros foram concluídos, seu nome nunca mais foi ouvido na indústria de HQs. Uma espécie de mito.

Acontece que Akira Yoshida de fato nunca existiu. Este roteirista era nada mais, nada menos, do que o atual editor-chefe da Marvel, C.B. Cebulski. Ele pediu desculpas no dia em que assumiu o cargo, mas teve que fazer uma nova declaração na última segunda (18) por escrever quadrinhos da Marvel durante aquele período, fingindo ser um japonês.

O motivo da falsa identidade? Ele já era editor da Marvel e, portanto, não podia escrever HQs para a empresa. Se fosse descoberto, seria demitido.

Treze anos depois de rumores sobre o mistério acerca de Akira Yoshida, Gregg Schiegel, que era editor assistente ao lado de Tom Brevoort, escreveu e gravou uma história em um podcast e uma luz foi jogada neste assunto, em julho deste ano.

Ele manteve o roteiro de várias mini-séries da Marvel que incluíam numerosos personagens e temas japoneses. A Marvel defendeu "Yoshida" na época, observando o quão raro era que uma pessoa de um país que não falasse inglês pudesse ter sucesso em contar histórias americanas.

Em suas entrevistas - sempre sem mostrar o rosto - afirmou ter crescido no Japão e que aprendeu inglês através de quadrinhos americanos, TV e filmes. Em outra entrevista, um escritor descreveu a prevalência de ninjas e samurais em seu trabalho, declarando que "poucos escritores de quadrinhos poderiam efetivamente lidar com um elenco estrangeiro de personagens e temas exóticos".

Em novembro, ele confessou o engodo em uma entrevista com o site Bleeding Cool, que inicialmente publicou o podcast que trouxe a revelação em julho. Essa confissão ocorreu em seu primeiro dia como novo editor-chefe da Marvel, e Cebulski descreveu seu "eu" daquela época como "jovem e ingênuo".

Porém, essa história tem outras nuances, além da falsa identidade para burlar regras da Casa das Ideias.

Cebulski adotou uma identidade japonesa para promover sua carreira de escritor com temas "exóticos", o que poderia muito bem ter sido feito por um escritor realmente japonês. Porém ele não se mostrou sensível a isto, o que irritou muitos fãs nas mídias sociais, especialmente no que tange à diversidade dentro da indústria de entretenimento.

Muitos deste meio afirmam que, além disso tudo, ele também fez uma má representação da cultura oriental, com estereótipos de samurais e ninjas típicos, e pedem pela demissão de Cebulski.

Na nova declaração divulgada ontem, Cebulski pede novas desculpas, dessa vez com foco nas questões de representação e apropriação cultural. "Sinto muito a dor, a raiva e o desapontamento que causei pela minha escolha de pseudônimo", disse ao Atlantic, após ser duramente criticado.

Sinto muito pela dor, raiva e desapontamento que causei pela minha escolha de pseudônimo. Essa nunca foi minha intenção. Ao longo da minha carreira em anime, manga e quadrinhos, pude ouvir e aprender com meus erros, o que é exatamente o que eu tentei fazer.

Ele afirma nesta declaração que conversou com pessoas sobre "como podemos melhorar a indústria e construir histórias melhores, enquanto estamos conscientes das vozes por trás delas".

Ao fim de sua mensagem, ele deixa a entender que se esforçará para trazer talentos verdadeiramente de outras partes do mundo para a Marvel, dando a oportunidade para pessoas de outras etnias. "Minha paixão sempre foi trazer os melhores talentos de todo o mundo para trabalhar nas melhores histórias do mundo, e espero que os fãs e criadores se juntem a nós nessa missão contínua", afirma.

Aparentemente, Cebulski continuará firme em seu cargo. Apesar do discurso que, de certa forma, alivia sua culpa, justificando com um "eu" "jovem e ingênuo", pelo menos será possível acompanhar seus esforços por levar mais diversidade cultural e étnica autêntica à Marvel.


2

Comentários

Editor-chefe da Marvel confessa que fingiu ser roteirista japonês e críticos querem sua demissão
Android

Celular com a melhor bateria! Ranking TudoCelular com todos os testes de autonomia

Android

Celular mais rápido! Ranking TudoCelular com gráficos de todos os testes de desempenho

Economia e mercado

Motorola lança primeira conta digital do mundo integrada a um smartphone

Asus

ASUS lança novo celular gamer ROG Phone 5s e 5s Pro no Brasil; confira os preços