Economia e mercado 07 Mar
Se você está esperando por alguma entrega de encomenda para os próximos dias, pode se preparar para algum atraso. A partir da próxima segunda-feira (12), os trabalhadores dos Correios estarão em greve nacional, devido às mudanças nos planos de saúde.
Problemas com os Correios têm sido recorrentes. Há poucos dias, o Mercado Livre iniciou uma campanha para alertar a população sobre um aumento nas tarifas que o site de loja virtual considerou "abusivo". Agora, após a justiça suspender o reajuste, a classe de trabalhadores anunciou a greve.
Entre as alterações que motivaram a paralisação dos funcionários, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) pretende cobrar o plano de saúde dos funcionários e retirar do plano os pais dos empregados como dependentes, de acordo com o presidente do sindicato da categoria, Altannes Holanda.
É a questão do plano de saúde basicamente, a empresa está querendo cobrar o plano de saúde da gente e retirar do plano os pais dos empregados como dependentes. Atualmente a gente só paga o compartilhamento, ou seja, o que a gente usar a gente paga um percentual, sem mensalidade nenhuma. Mas a empresa agora junto com o TST quer implantar mensalidade além de retirar o pai e mãe.
Ele ainda acrescenta que a greve antecede uma votação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre as alterações nos planos de saúde. O órgão vai julgar a causa na segunda à tarde, e os funcionários aguardarão o resultado.
Depois que mudar não há o que fazer, a gente sabe que é muito complicado. A greve é nacional e caso haja a mudança, a gente vai aguardar as orientações, e se isso for aprovado vai ficar muito complicado para o trabalhador que tem um salário médio de R$ 1.700 e a empresa quer mensalidades a R$ 1000,00, como vamos pagar isso?”, questiona.
Por fim, o sindicalista afirma que as condições de trabalho dos carteiros em Alagoas também são motivo de reivindicações da classe, já que há "uma falta de efetivo muito grande", que "tem gerado muitas reclamações da população". A falta de carteiros na região é tanta que "beira o caos", afirma Holanda, revelando que a agência "está com diversas unidades operando com metade do efetivo".
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