24 Maio 2018
Ontem (13/03) nós mostramos que a greve dos Correios já estava começando a ter os seus primeiros reflexos, sendo que uma entrevista do presidente da estatal deu o tom quanto ao futuro da empresa. Essa paralisação também foi motivo de muitos debates sobre uma possível privatização da companhia.
No entanto, após a decisão do TST, o sindicato dos trabalhadores dos Correios fez uma nova assembleia na noite de ontem (13/03) e resolveu encerrar a greve. Com isso, o retorno as atividades começa hoje (14/03), sendo que apenas São Paulo e Rio de Janeiro ainda não fizeram uma reunião para decretar o fim da paralisação.
Hoje 96,5 mil empregados (o equivalente a 91% do efetivo total dos Correios) trabalharam normalmente
Em um comunicado divulgado aos trabalhadores, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) orienta que todos voltem ao trabalho, mas que mantenham o estado de greve.
O motivo por trás dessa decisão é que as medidas adotadas pela direção da estatal tem a "intenção clara de privatizar os Correios". Em nota divulgada no G1, o sindicato continua afirmando que a administração da empresa está adotando medidas para uma possível venda da estatal:
Toda a postura da gestão da estatal demonstra a incompetência administrativa, na tentativa de acabar com o caráter social da empresa, buscando a sustentabilidade com base apenas no lucro. Enquanto isso, estão precarizando os Correios, sem investir em mais empregos, promovendo demissões incentivadas e sobrecarregando quem se encontra na ativa
Esse comunicado do sindicato veio após o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmar que mesmo com uma decisão favorável do TST, o governo ainda não descartou a privatização da estatal:
Os correios estão em uma situação muito difícil. Eu sei que é muito difícil cortar direitos dos trabalhadores, mais triste é você fechar uma empresa porque ela está insolvente. O governo brasileiro, diante da conjuntura econômica muito difícil, tem deixado claro que o Tesouro não colocará recursos nos Correios. Ou os Correios diminuem suas despesas ou vão passar por um processo de privatização
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