As eleições de 2018 no Brasil estão chegando. Apesar de ainda não haver a definição dos concorrentes ao Palácio do Planalto, e ainda restarem três meses até a data final para que os candidatos oficializem seu nome nas urnas, nunca é cedo para conhecer o possível sucessor de Michel Temer em Brasília.

O jornal O Estado de São Paulo fez um infográfico em que analisa cerca de 15 mil tweets publicados por alguns dos principais pré-candidatos à vaga a ser deixada pelo atual presidente. Entre os nomes, o próprio Temer foi analisado - uma vez que dá indícios de que pode concorrer à reeleição.

Infelizmente, o infográfico não é tão interativo quando poderíamos imaginar. Mas dá para conhecer melhor aquele candidato que você está "namorando" para oferecer seu voto em outubro. Ou até mesmo se surpreender com algum nome que não considerava antes, mas que pode entrar na sua lista de possibilidades, por que não?

O Estadão pegou 15.654 postagens feitas por 16 pré-candidatos, o que inclui até mesmo o ex-presidente Lula, que está atualmente preso em Curitiba, mas mantém a corrida pelo Planalto, além de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, e Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, todos do PT.

Segundo a publicação, foram considerados 14 nomes que se colocam, hoje, como pré-candidatos, mais Haddad e Wagner, "que são considerados o “plano B” do partido caso a justiça decida impedir a candidatura do ex-presidente Lula". Joaquim Barbosa, no entanto, foi considerado, apesar de ter apenas um tweet no período analisado e já ter descartado sua candidatura.

As informações foram coletadas entre setembro de 2017 e abril de 2018. Até então, Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, ainda era considerado um nome viável pelo PSB, partido ao qual afiliou-se no início de abril.

O infográfico colocou as palavras utilizadas por cada candidato em suas postagens no Twitter como bolinhas. Se a palavra foi utilizada uma única vez, é uma bolinha bem pequenina. Quanto mais vezes foi utilizada, maior a bolinha. Paralelamente, o posicionamento das bolinhas dependem do quão típica é uma palavra àquele candidato.

As palavras mais características de determinado político são as que ele usa muito e os demais usam pouco. Na prática, quando um presidenciável enfatiza uma palavra, isso significa que o tema é importante para ele e, presumivelmente, mais relevante para sua campanha e eventual governo.

Entre os principais destaques, poucas das palavras mais usadas pelos pré-candidatos têm relação com a política ou com economia. Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo, foi o que mais utilizou a expressão "entregamos", referindo-se a obras realizadas durante seu tempo no Palácio dos Bandeirantes.

Henrique Meirelles (MDB), ex-ministro da Fazenda, destacou-se ao falar em "recessão" e "PIB". Porém, apesar de ter sido parte da equipe executiva de Michel Temer, pouco mencionou o presidente. Marina Silva (REDE) fala bastante sobre religião, tendo mencionado a palavra "reforma" apenas referindo-se à Reforma Protestante. No entanto, ela usa bastante o termo "sustentabilidade".

Para encerrar, e ficando restrito apenas aos destaques feitos pelo próprio Estadão, a pré-candidata Manuela D'Ávila (PCdoB) tem forte presença falando sobre "opressão" e criticando "machistas". Mas também menciona bastante a palavra "corrupção", utilizada vastamente por todos os outros.

Já um dos líderes da pesquisa atualmente - preferido dos usuários do Twitter -, Jair Bolsonaro (PSL) destacou-se pelo recorrente uso das palavras "canalhas" e "vagabundos". A primeira é a mais típica do pré-candidato. Para não dizer que ele não fala em política, a palavra "previdência" apareceu em algumas de suas postagens.

Para ver maiores detalhes e analisar um pouco mais sobre o seu candidato - ou buscar um nome para ficar de olho, de repente - você pode acessar o material completo no Estadão, neste link.