Há mais ou menos dois anos atrás, em 2016, o Governo dos Estados Unidos arquitetou uma ação para desmantelar as operações do site de torrents Kickass Torrents (KAT), que chegou a ser, de acordo com um ranque do portal Torrent Freak, o maior indexador de torrents do mundo.

De acordo com a promotoria relacionada ao processo, a página funcionava como um “bazar de pirataria” e a distribuição de conteúdo protegido por direitos autorais levou Artem Vaulin, proprietário do site, a ser levado em custódia.

Na época, com a queda do KAT, os órfãos do portal acabaram debandando para outras grandes páginas de torrent, como os famosos The Pirate Bay e RARBG, e apesar da grande repreensão que governos como o dos EUA estavam dando, um novo indexador surgiu como um tributo ao Kickass: o iDope.

“Este projeto foi desenvolvido no dia seguinte ao que ficamos sabendo da queda do KAT. Ele é muito muito novo e nós somos uma equipe bastante pequena, então vocês não encontrarão nada sobre ele na internet, ainda mais que não o divulgamos decentemente”, disse um dos operadores do iDope em 2016.

Apesar de novo, o portal caiu nas graças de quem utiliza o tipo de serviço e em janeiro de 2018, com menos de dois anos passados desde a sua criação, foi visto pela primeira vez, empatando em décimo lugar com o site Zooqle, no ranque do portal Torrent Freak, que enumerou as 10 páginas de torrent mais utilizados ao redor do mundo neste ano.

No entanto, aparentemente com a fama também vieram os problemas. O site se encontra fora do ar desde o inicio da semana passada, o que pode ser considerado preocupante tendo em vista que sua administração sempre o manteve online desde o seu lançamento.

Unindo esse fato à falta de atividade nas redes sociais do iDope, às especulações começaram a surgir indagando se a equipe estava enfrentando problemas técnicos ou até mesmo problemas com as autoridades. Em resposta a um e-mail do Torrent Freak, a administração do portal explicou:

“Existem alguns problemas com o nosso domínio idope.se, estamos nos comunicando com o provedor do domínio. Acreditamos que tudo deverá ser restaurado dentro de alguns dias”, respondeu um dos operadores.

Com a queda do portal, alguns clones ou até mesmo espelhos da página começaram a surgir, mas com uma base de dados de indexações um pouco defasada. Surgiu então a dúvida se essas páginas eram administradas por pessoas não relacionadas ao iDope, até mesmo com intenções maliciosas, ou se eram mantidas pela administração verdadeira do site. Aparentemente, pelo menos duas delas são oficiais.

“Todo mundo poderá visitar o nosso site usando os endereços idope.cc ou idope.co”, complementou o operador do iDope.

Com isso, a promessa feita em 2016 de que o site não cairia nunca se mantem de pé, uma vez que aparentemente o único problema enfrentado é com o seu domínio principal.