Economia e mercado 14 Dez
A Huawei está investindo com afinco em inúmeras frentes, seja na tecnologia de 5G ou na inteligência artificial e computação em nuvem e agora, mesmo após o fim do acordo com a Positivo, ela tem olhos voltados para o Brasil, ambicionando conquistar o mercado local de fibra ótica.
Nesta sexta-feira (14), a gigante chinesa veio a São Paulo com seus executivos almejando advogar a respeito do modelo Huawei de FTTH (Fibra ao lar). A fibra é de suma importância, de acordo com o presidente da Huawei América Latina, pois sem a mesma não existiria nuvem, ou vídeo digital, nem existirá a esperada tecnologia de 5G.
17% dos acessos a banda larga fixa brasileira é via fibra ótica. Números próximos ao da China de 2013. Atualmente, porém, cerca de 86% da internet residencial e comercial na China utiliza o FTTH. O aumento repentino se deu devido ao investimento do governo, que foi definido como prioridade para a área de telecomunicações.
Logo, para que o Brasil tenha a intenção de realizar um salto similar, o governo local deve facilitar.Os incentivos às parcerias público privadas é essencial para um desenvolvimento gratificante e veloz.
Exemplificando como o governo chinês foi tão relevante no processo: uma província chinesa com aproximadamente 90 milhões de habitantes, mesmo com 50% da população vivendo em áreas rurais teve quase todas as instalações de cobre por acessos em FTTH, conseguindo marca próxima dos 90% de penetração.
O apoio governamental foi o primeiro passo, ele pagou os custos de toda a substituição da rede de cobre pela fibra ótica. A remoção do cobre é muito importante para reduzir o OPEX (capital utilizado para manter ou melhorar os bens físicos de uma empresa) e os custos com mão de obra.
As operados também devem se planejar sem medo, mas com atenção. A taxa de adoção pode ser baixa no começo, mas tende a se preencher. Ao mesmo tempo, a distância da porta à casa do cliente, não deve ultrapassar os 60 metros, pois distâncias maiores exigem uma mão de obra mais competente para instalar, além de aumentar a própria duração para introduzir e realizar manutenção.
Já houveram tentativas de incentivo à fibra ótica no governo brasileiro, todas, porém, não tiveram resultados. O PLC 79, por exemplo, está no aguardo para que o presidente do Senado, Eunício Oliveira, paute-o e ele possa enfim ser votado..
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