Android 19 Fev
O YouTube – que há pouco resolveu simplificar o sistema de avisos e penalidades a fim de auxiliar os criadores de conteúdo – protagonizou recentemente um escândalo que fez com que grandes empresas como a Walt Disney e a Nestlé congelassem as verbas para anúncios na plataforma.
Tudo aconteceu dia 17 de fevereiro, quando o YouTuber Matt Watson postou um vídeo de 20 minutos expondo uma rede de pedófilos que utilizava o site de vídeos para conseguir novas vítimas.
Apos uma investigação pessoal, Watson descobriu que os criminosos deixavam comentários uns para os outros nos vídeos das crianças, indicando frames onde as mesmas apareciam em posições que pedófilos poderiam considerar como “interessantes” (sexualmente sugestivas).
Além disso, a rede de pedófilos também teria criado diversos canais com o conteúdo destacado, facilitando ainda mais a distribuição do conteúdo em um só lugar.
Na análise, que já ultrapassou os 2 milhões de acessos, é possível ver diversas mensagens com os tais códigos, bem como respostas e interações, tudo isso em conteúdo que, supostamente, deveria ser direcionado ao público infantil.
Com o título “YouTube está facilitando a Exploração Sexual de crianças, e lucrando com isso (2019)”, a vídeo-denúncia rapidamente viralizou, o que fez com que algumas empresas (incluindo as citadas no início do artigo) tomassem medidas drásticas para evitarem ser associadas com a doentia prática da pedofilia.
Outras que embarcaram no “boicote” incluem a Epic Games e a Oetker, que também suspenderam suas campanhas publicitárias na plataforma de vídeos.
O que agrava ainda mais o caso é o fato do YouTube sugerir vídeos similares aos que o usuário assistiu, ou seja, um pedófilo pode facilmente descobrir outros canais infantis de forma simples e rápida.
Rapidamente a firma da Google enviou resposta através de um porta-voz, que afirmou que a verba monetizada com os canais que expõem crianças com teor sexual (algo que gira em torno de US$ 8 mil) será reembolsada para as equipes de marketing.
Após o episódio, o YouTube desativou mais de 400 canais e deletou centenas de comentários deixados suspeitos. Segundo a empresa, ela vai continuar se esforçando para manter as pessoas seguras.
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