24 Dezembro 2019
A missão OSIRIS-REx da Nasa foi enviada ao asteroide Bennu em agosto de 2016 para ajudar a desvendar os mistérios do nossos sistema solar. Considerado um "fóssil" que resistiu à caótica formação dos planetas e luas milhões de anos atrás, hoje o Bennu pode revelar curiosidades sobre esta época conturbada e misteriosa.
A OSIRIS-REx (um acrônico simples para um longo e complicado nome em inglês, que basicamente seria "explorador das origens, interpretação espectral, identificação de recursos e segurança de regolito") tem orbitado o asteroide Bennu a uma distância de 19 quilômetros para realizar a coleta de imagens da superfície e, dessa forma, permitir com que cientistas da Nasa escolham o melhor lugar para o pouso, e você pode ajudar!
Para isso, a Agência Espacial Norte-americana disponibiliza um site com imagens para que os voluntários possam mapear o solo do asteroide Bennu e marcar crateras, rochas e pedras menores, permitindo que os cientistas tenham maior facilidade para encontrar o melhor local para realizar a manobra para pegar amostras físicas do asteroide e trazê-las para a Terra.
“Para a segurança da espaçonave, a equipe da missão precisa de um catálogo abrangente de todos os pedregulhos próximos aos locais de coleta de amostras em potencial, e convido os membros do público para ajudar a equipe da missão OSIRIS-REx a realizar essa tarefa essencial”, afirma o Dr. Dante Lauretta.
Para isso, a NASA realiza uma parceria com o projeto CosmoQuest para permitir que voluntários possam realizar as mesmas funções que cientistas planetários: medir tamanho das rochas, mapear crateras e identificar pedregulhos com base nas imagens obtidas pela OSIRIS-REx.
Caso você tenha interesse em se tornar um voluntário, o site oficial possui um rápido tutorial interativo e também oferece assistência ao usuário, para que dúvidas sejam esclarecidas e que a missão tenha sucesso. Você pode acessar o site oficial neste link. O mapeamento vai até o dia 10 de julho.
Os asteroides são considerados o restante da formação dos sistemas solares. Após a formação de planetas e satélites naturais, estabilização das órbitas e redução da poeira estelar, o que sobra são os pequenos asteroides que vagam ao redor do Sol e, às vezes, de um planeta.
O Bennu, por não sofrer intemperismo assim como todos os asteroides (visto que não existe atmosfera no espaço), acaba preservando todo o material da formação do nosso sistema solar, e por isso ele acaba sendo considerado um "fóssil", por ser extremamente antigo e conter materiais ainda daquela época crítica.
Segundo a Nasa, a manobra Touch-and-Go está prevista para acontecer em julho de 2020, onde a espaçonave volta a Terra em setembro de 2023 com amostras obtidas do Bennu, além de muitas dúvidas e (na melhor das hipóteses) respostas para milhões de anos de evolução.
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