
Curiosidade 14 Fev
14 de fevereiro de 2021 3
Os desenvolvedores da rede social Clubhouse, utilizada para transmitir mensagens em áudio em salas no aplicativo – informaram neste domingo (14) que vão melhorar a segurança do serviço ao adicionar mais um sistema de criptografia. Com isso, a empresa espera evitar que a plataforma envie pings para servidores localizados na China.
A notícia chega após pesquisadores da Stanford Internet Observatory (SIA) alegarem ter encontrado falhas na segurança do aplicativo que, segundo as análises, permitia que alguns dados importantes de usuários poderiam ser acessados por servidores chineses e, consequentemente, controlados pelo governo do país.
De acordo com a SIA, a empresa chinesa Agora Inc, que é conhecida por desenvolver um software de engajamento em tempo real, “fornece infraestrutura back-end para o aplicativo do Clubhouse”.
No estudo, a SAI destacou que os números exclusivos de ID de cada usuário são armazenados em um arquivo de textos simples e, com isso, a Agora poderia ter acesso ao áudio bruto compartilhado no Clubhouse. Dessa forma seria possível, por exemplo, combinar os dados de cada usuário para ter acesso a informações sobre quem conversou com quem no aplicativo.
A preocupação, de acordo com os pesquisadores, é que uma vez sob posse da Agora, os dados coletados pela empresa devem ser obrigatoriamente enviados ao governo chinês caso este assim solicitasse, se fosse entendido que há alguma ameaça à segurança nacional.
Segundo o estudo da SIA, foram encontrados arquivos metadados de uma sala do Clubhouse “sendo retransmitidos para servidores que acreditamos estar hospedados” na República Popular da China, e que o áudio do Clubhouse é enviado para “servidores gerenciados por entidades chinesas e distribuídos em todo o mundo.”
Em defesa, a Agora declarou à SIA que não armazena áudio ou metadados dos usuários a não ser para monitorar a qualidade da rede e cobrar seus clientes. Além disso, destacou que enquanto o áudio for armazenado em servidores nos Estados Unidos, o governo chinês não poderá acessar os dados.
A empresa se recusou a comentar sua relação com o Clubhouse, mas destacou que “não tem acesso a compartilhar ou armazenar dados pessoais identificáveis do usuário final. O tráfego de voz ou vídeo de usuários não baseados na China - incluindo usuários dos Estados Unidos - nunca é roteado pela China.”
Em consequência dessas preocupações, o Clubhouse declarou que vai implementar mudanças “para incluir uma criptografia adicional e blocos para evitar que os clientes do Clubhouse transmitam pings para servidores chineses.”
Vale lembrar que, há alguns dias, a rede social teve seu uso banido na China, também sob preocupações quanto à segurança nacional. Nosso Detetive TudoCelular já analisou os principais aspectos do aplicativo e preparou um artigo com os principais pontos a serem considerados sobre a plataforma, bem como possíveis problemas com segurança.
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