Lançamentos 01 Mar
Além da pandemia de COVID-19, um dos principais fatores que têm causado a escassez de componentes e aparelhos eletrônicos, em especial para games, é a criptomineração. O problema data antes mesmo da crise mundial, e ocasiona baixo estoque de placas de vídeo, com consequente aumento astronômico de preços para consumidores comuns.
Visando reduzir o impacto desse mercado, a Nvidia anunciou recentemente que reduziria em severos 50% o hash rate, a capacidade de minerar moedas, de sua nova RTX 3060, ao mesmo tempo em que anunciou a linha CMP, dedicada exclusivamente à criptomineração. Como muitos previram, a medida não deu muito certo, e alguns entusiastas das criptomoedas já conseguiram produzir um driver próprio para 3060, dando novo fôlego ao problema.
O que ninguém esperava, no entanto, é que os consoles, também acometidos pela escassez, entrassem na brincadeira. O criptominerador Gu Yifan divulgou em seu perfil na Weibo uma imagem de um PlayStation 5 minerando Ethereum, uma das mais valorizadas criptomoedas do momento.
Apesar de não ser o mais potente do mercado, o PS5 conta com especificações bastante robustas, que incluem CPU AMD com arquitetura Zen 2 de 8 núcleos e GPU AMD baseada na arquitetura RDNA 2. Outra grande vantagem é seu baixo consumo, já que o sistema requer uma fonte de apenas 350W.
Normalmente, esperava-se que o hash rate do PS5 estivesse estabelecido na casa dos 50MH/s, próximo ao da Radeon RX 5700XT. No entanto, Yifan foi capaz de chegar aos 98,76MH/s, gastando apenas 211W, o que leva a crer que o estusiasta pode ter modificado o sistema e até mesmo realizado o overclock dos componentes.
Curiosamente, Gu Yifan também havia modificado na semana passada um MacBook Air com Apple M1 para o mesmo propósito. Sem refrigeração ativa e com um chip mais básico, o aparelho foi capaz de entregar apenas 2 MH/s de hash rate. Ainda assim, o cenário é preocupante, indicando que a crise de escassez não deve acabar tão cedo.
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