Android 18 Fev
Embora os smartphones modulares não sejam abrangentes, o conceito pode ser extremamente benéfico para fabricantes e consumidores por oferecer personalização e upgrade de hardware por um custo mais acessível.
A Xiaomi, uma das maiores fabricantes no pódio, parece estar determinada a ser pioneira neste mercado. Após registrar diversas patentes envolvendo módulos de smartphones, um novo documento atesta patente sobre um dispositivo com três módulos principais.
Conforme sugerido pelo documento, o módulo superior conta com as câmeras do dispositivo e a placa mãe, enquanto o módulo central equipa a bateria do smartphone e o módulo inferior integra os alto-falantes do aparelho, além da porta de conectividade USB.
Esses módulos são facilmente substituídos devido ao mecanismo em trilhos também patenteado. Para atualizar ou reparar um módulo, basta que seja deslizado para fora do dispositivo central, possibilitando uma manutenção de custo notavelmente reduzido. Veja abaixo as renderizações elaboradas pelo designer gráfico Jermaine Smit.
As imagens não oficiais seguiram os esboços registrados no documento da patente, onde não existem especificações detalhadas quanto à câmera frontal do dispositivo. Portanto, assume-se que a Xiaomi venha a implementar a tecnologia de sensor giratório sob a tela de forma definitiva futuramente.
O designer também empregou sugestões próprias em suas imagens, agregando um módulo de câmeras equipado com um pequeno display, semelhante ao apresentado pela Xiaomi no Mi 11 Ultra. Os esboços do documento também sugerem a presença de uma lente periscópica em um dos módulos.
Smartphones com design fora dos padrões costumam demonstrar foco em resistência e usabilidade. A tela do celular modular da Xiaomi não terá fissuras visíveis, conforme ressaltado pelo documento. Os módulos contarão com displays que se conectaram para formar uma tela com grande aproveitamento da área.
O esboço da fabricante indica também a possibilidade de utilizar diferentes tipos de câmera conforme feito necessário. O mesmo conceito pode ser aplicado aos outros dois módulos — a bateria poderia ser oferecida em diversas capacidades e preços diferentes, enquanto os alto-falantes poderiam ganhar upgrades e diferentes interfaces de conexão.
Com isso, em configurações menos exigentes — como fotografias cotidianas — poderiam se empregar um módulo mais barato. Em situações que exigem maior poder dos sensores, um módulo de zoom com sensor teleobjetivo poderia ser utilizado, por exemplo. A mesma visão pode ser aplicada para os outros componentes.
Os smartphones modulares propõem, além dos benefícios em custo de manutenção, uma prática mais sustentável. Não é incomum que usuários substituam seus aparelhos devido ao defeito em peças específicas, o que contribui para a dispersão de lixo eletrônico e poluição do meio ambiente.
Para mais, a compatibilidade de um hardware diverso em um mesmo dispositivo é essencial para que a obsolescência de tecnologias mais datadas prejudique as pessoas. O constante comprometimento da Xiaomi com essa modalidade pode ser promissor para que outras fabricantes ganhem destaque.
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