Economia e mercado 22 Set
Atualização (27/10/2022) - HA
Dando continuidade a uma série de posicionamentos de empresas norte-americanas, a Apple também resolver se desvencilhar de Kanye West após declarações antissemitas do cantor no Twitter. A empresa removeu uma playlist do artista de sua plataforma Apple Music.
Agora, quando um usuário tenta acessar o conteúdo, o streaming reproduz a mensagem "Item não disponível". No caso, a playlist se referia aos maiores sucessos do artista chamada de Kanye West Essentials, mas aparentemente foi o único item relacionado ao artista que saiu do ar, já que seus álbuns e outras colaborações continuam na plataforma.
No início de outubro, o Instagram baniu Kanye West de sua plataforma depois que o artista publicou uma captura de tela de uma conversa que teve com Sean "Diddy" Combs, com a legenda "Jesus é judeu", segundo a NBC.
O Twitter também removeu um tuíte e suspendeu a conta de West. Entre outras marcas que romperam com o artista estão Adidas, Gap e Foot Locker, que encerraram parcerias e removeram os produtos das linhas do cantor de suas lojas.
Texto original (09/10/2022)
O rapper Kanye West, que já protagonizou polêmicas no mundo das artes e das fofocas, agora está no centro de outro burburinho após o Instagram ter excluído uma postagem sua considerada antissemita. Além disso, a rede social restringiu seu uso do app, impedindo novas postagens e comentários na sua conta.
A publicação em si mostrava uma troca de mensagens com o rapper Diddy, que criticava West, também conhecido como "Ye", pelo uso recente de uma camiseta escrita "White Lives Matter" durante um desfile de moda em Paris. O colega do ramo musical pedia que eles parassem de discutir a questão na internet e marcassem uma conversa para refletir sobre a questão como pessoas negras, já que Diddy considerou o uso da camiseta ofensivo, já que o "Black Lives Matter" não seria uma piada, e que "tudo o que a América planejou para nós é pobreza, encarceramento e morte".
Numa das respostas, West respondeu: "Vou usar você como exemplo para mostrar ao povo judeu que disse para você me ligar que ninguém pode me ameaçar ou influenciar. Eu disse que isso era uma guerra. Agora vá arranjar alguns negócios para você."
Kanye West just posted this text message exchange with Diddy pic.twitter.com/vvwsZYo5vO
— Paradigm.news (@readparadigm) October 7, 2022
Em resposta, o Comitê Judaico Americano considerou a postagem antissemita, considerando que West ajuda a propagar os esteriótipos dos judeus como um povo ganancioso e controlador, que estaria por trás das mensagens do colega.
Em um vídeo postado no Instagram, Diddy disse que, embora sempre estivesse lá e apoiasse Ye como um pensador livre, ele não gostava das camisetas White Lives Matter de seu amigo.
“O tema do controle procura retratar falsamente os judeus como mestres de marionetes secretos que governam os outros”, disse o comitê no Twitter sobre as declarações de West. "Você precisa aprender que as palavras importam."
No sábado, embora a Meta tenha confirmado que parte do conteúdo de Ye havia sido excluído, o porta-voz esclareceu que o rapper não havia sido expulso da plataforma, como ele mesmo disse no Twitter, tentando ainda debochar de Mark Zuckerberg, que seria seu amigo no passado. Em uma foto, os dois aparecem juntos no que parece ser um karaokê.
Welcome back to Twitter, my friend!
— Elon Musk (@elonmusk) October 8, 2022
Oportunisticamente, a mudança para o Twitter cativou alguns usuários, que responderam com sarcasmo, risadas e descrença sobre seu comportamento. Alguns também comemoraram o retorno de Ye à plataforma, como Elon Musk, já que a última vez que ele esteve ativo foi no final de 2020.
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