Segurança 23 Mar
Não é novidade que sair com um smartphone no bolso também traz consigo a preocupação com o risco de ter seu aparelho roubado ou furtado durante o percurso, algo que é potencializado em especial nas grandes capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e afins.
Nesse sentido, o Monitor da Violência do g1 trouxe um interessante espelho do que acontece em uma das principais do país, a cidade de São Paulo, com a surpreendente marca de um celular roubado ou furtado a cada 3 minutos, ou seja, mais de 200 mil ocorrências na capital paulista em 2022.
O primeiro e mais chamativo detalhe é a alta quando comparado com o ano anterior, tendo sido registrado um crescimento de 12% em comparação com 2021, que fechou com 179 mil ocorrências dessa medição, mostrando o franco crescimento desse tipo de furto. Vale observar que a pandemia pode ter impactado no número de casos no ano passado (menos gente na rua, menos casos).
Outro aspecto importante no levantamento é a sinalização de quais áreas da cidade foram consideradas mais propensas a acontecer. Segundo o g1, distritos policiais dos Campos Elíseos e Sé lideram o ranking registrando respectivamente 11,4 mil e 10,2 mil casos. Já no caso das vias de forma individual, o destaque fica com a Avenida Paulista contou com 5,3 mil casos registrados, quase o dobro da segunda colocada, a Avenida do Estado com 2,9 mil.
E o horário preferido para o roubo ou furto? Bom, o líder isolado segundo o Monitor da Violência do g1 foi a noite com 31,6% dos casos registrados, sendo seguido por casos classificados como "hora incerta", com 20% dos casos ou seja, 40,5 mil casos. Já o horário com menos registro foi o da madrugada, com 12,5%.
- noite: 31,6%
- em hora incerta: 20%
- tarde: 18,2%
- manhã: 17,7%
- madrugada: 12,5%
O roubo e furto de celulares por sua vez é estimulado por outro crime tipificado juridicamente: o de receptação. O fato de existir uma quantidade alta de aparelhos sendo subtraídos de seus donos busca alimentar o mercado de compradores que desejam comprar um aparelho "pagando pouco" sem se importar com a procedência.
Casos de aparelhos assim são rotineiramente encontrados em áreas de comércio popular e também, em redes sociais, graças a possibilidade de desbloqueio e recondicionamento desses dispositivos de forma ilegal.
Ironicamente, quem alimenta esse mercado ajuda ele a se aquecer e por consequência, colocar um alvo não só no próprio aparelho novamente como também de familiares e amigos, o que pode incluir em casos extremos, o uso de violência e até o resultado morte.
Outro aspecto quando se falamos de roubo e furto de smartphones é a possibilidade de operações financeiras através desses aparelhos, graças a utilização dos apps financeiros e a praticidade de envios imediatos criados pelo Pix, o que inclusive estimulou o surgimento do chamado "celular do Pix", com o cadastro apenas em aparelho guardado em casa.
Essa modalidade em especial se beneficia do usuário que está interagindo com o aparelho desbloqueado (vendo uma rede social, respondendo uma mensagem ou navegando na internet), o que abre as portas para acesso facilitado aos apps de banco e consequentemente, a mudança da senha de forma fácil pelo SMS e e-mail.
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