Economia e mercado 24 Out
Quando foi anunciado na última segunda-feira (21), o novo Snapdragron 8 Elite apresentou um conjunto de oito núcleos, dispostos em dois núcleos Prime a até 4,32 GHz e seis núcleos Performance a até 3,53 GHz. Mas ao que parece, a Qualcomm estava escondendo parte do jogo.
Isso, pois novos testes de benchmark realizados no Geekbench 6 nos revelam não apenas novas pontuações, como também uma nova taxa de frequência. Os dois núcleos Prime foram vistos rodando em overclock a 4,57 GHz.
Anteriormente, o Snapdragon 8 Elite já havia sido testado em suas frequências originais. Nesses testes, alcançou uma pontuação em single-core inferior ao do Apple A18 Pro, e foi capaz de atingir a maior pontuação em multi-core para smartphones da história, com 10.617 pontos, superando qualquer outro SoC Android em 47%.
Agora, em novos testes, o novo modelo da Qualcomm foi visto em uma frequência superior inédita, o que por consequência o levou a números mais altos. Em imagem publicada por Nicolas La Rocco, redator do portal alemão Computer Base, o 8 Elite é visto com seus dois núcleos Prime rodando a 4,57 GHz. Os outros 6 núcleos são vistos na frequência base de 3,53 GHz. Confira:
Qualcomm showing off #Snapdragon8Elite with Oryon 2 Prime CPU Cores running at 4.57 GHz instead of default 4.32 GHz 😱 These are Geekbench 6.2 scores. #SnapdragonSummit pic.twitter.com/Iny4GpC8hi
— Nicolas La Rocco (@roccetry) October 23, 2024
Com o empurrão do overclock, o novo SoC da Qualcomm foi capaz de atingir 10.875 pontos em multi-core, superando sua própria marca, e 3.407 pontos em single-core, praticamente igualando rendimento ao A18 Pro – que está na casa dos 3.500 pontos.
Em testes anteriores no Geekbench 6, ao comparar os níveis de eficiência energética do Snapdragon 8 Elite e do A18 Pro, o chip da Apple demonstrou consumir menos energia ao mesmo tempo que entregava um melhor rendimento em single-core; o que lhe garantiu a melhor ‘performance por watt’.
Com os novos resultados, rodando a 4,57 GHz, a desvantagem energética do modelo da Qualcomm deve ser ainda maior, já que as maiores frequências afetam diretamente a parte térmica e aumentam o consumo de energia. Ainda assim, é possível ver que a empresa consegue equiparar o rendimento.
De qualquer forma, apesar da frequência vista, é improvável que o chip consiga manter um clock tão alto durante muito tempo, em cargas de trabalho prolongadas, sem comprometer a sua integridade. No entanto, nos mantemos curiosos para ver quais limites o novo chip da Qualcomm será capaz de romper.
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