A Liga Espanhola de Futebol (LaLiga) foi até o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) nos últimos dias, para fazer uma denúncia contra empresas de tecnologia, como Google, X (Twitter) e Cloudflare. A declaração foi dada pelo próprio presidente da entidade, Javier Tebas, em palestra ocorrida em Buenos Aires, na Argentina.

A acusação da LaLiga afirma que essas plataformas ajudam a proliferação de serviços piratas por meio do fornecimento de infraestrutura usada para essa finalidade ilícita. Além disso, isso resultaria em prejuízos à proteção dos direitos autorais.

Entre as práticas contestadas pela liga, estão anonimização, hospedagem e indexação de sites ilegais, além de redes de distribuição de conteúdo (CDN). Essas páginas piratas também estariam hospedadas em países como Reino Unido e Alemanha, ambos solicitados pela LaLiga para integrarem a lista do USTR de localidades com falhas graves de violação à propriedade intelectual.

“Embora este não seja o foco principal desta submissão, é importante destacar o papel significativo que alguns intermediários sediados nos Estados Unidos, como Google, Cloudflare, Coredeluxe e X (anteriormente Twitter), desempenharam como facilitadores essenciais no contínuo crescimento da pirataria ao longo de 2024.”

LaLiga

O próximo passo do escritório norte-americano será avaliar a denúncia e coletar mais contribuições, para reunir as informações no seu relatório anual Special 301. Ele é responsável por estabelecer quais países precisam dar mais atenção para combater violação de direitos autorais e pirataria.

Esta não é a primeira vez que a LaLiga procura a Justiça por algum motivo. No final de 2021, ela se juntou à operadora Telefónica para conseguir o bloqueio de 41 provedores de IPTV que atuavam na Espanha.

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