
Tech 25 Mar
Uma versão não oficial modificada da NVIDIA GeForce RTX 4090 com 48 GB de memória dedicada foi testada por um canal russo, mostrando a diferença que a VRAM extra consegue proporcionar. Vendida apenas em território chinês e aparentemente criada para contornar as sanções dos EUA à China, o componente tem desempenho similar a uma RTX 4090D, mas consegue se destacar em tarefas em que a memória extra faz a diferença, como na manipulação de modelos de IA.
A existência de versões da RTX 4090 com 48 GB de memória começou a circular em redes sociais e fóruns nas últimas semanas, com alternativas que chegavam a contar com refrigeração líquida. Ao que parece, essa variante não oficial da placa está sendo produzida na China para atender ao mercado local, que sofre com sanções dos EUA, tendo acesso apenas a GPUs com recursos e memória limitados.
A produção seria feita ao combinar a placa de circuitos (PCB) de uma RTX 3090 Ti com o chip de uma RTX 4090, possibilitando então que a VRAM seja dobrada sem muito esforço. Alguns relatos chegam a sugerir que esse procedimento está relacionado com golpes nos quais placas de vídeo sem a GPU são vendidas, mas não há uma confirmação no momento, ainda que possa realmente haver ligação entre esses fatos.
De toda forma, o canal russo Мой Компьютер (МКА) conseguiu acesso a uma dessas 4090 modificadas, em opção com um cooler no estilo blower, no qual apenas uma ventoinha que espalha o ar pelo PCB é utilizada, e realizou uma bateria de testes, desmontando a solução em seguida.
De forma resumida, a memória extra não parece ter grande impacto, ao menos em benchmarks e na maioria dos jogos — o canal precisou subir a resolução acima do 4K para começar a ver efeitos da VRAM adicional nos títulos avaliados. Mais curioso, a GPU se comporta no geral como uma RTX 4090D, alternativa limitada em virtude das sanções norte-americanas, com consumo mais baixo de 425 W, em vez do padrão de 450 W.
É somente ao avaliar a execução de modelos de IA em que МКА percebe diferenças: modelos que até então não podiam ser rodados até mesmo em uma RTX 5090 por falta de memória, como o Google Gemma de 27 bilhões de parâmetros, são reproduzidos sem dificuldades pela RTX 4090 de 48 GB.
another pcb design with different vrm setup.
— UNIKO's Hardware 🌏 (@unikoshardware) March 27, 2025
amazing r&d work
rtx4090 48g https://t.co/xhkRM5LwwF pic.twitter.com/ivh9VCY6LD
Ao desmontá-la, o canal nota então as similaridades do PCB com a placa usada pela RTX 3090 Ti — a antiga GPU premium da NVIDIA utiliza uma conexão de pinos compatível com a RTX 4090, e conta com memória em ambos os lados, permitindo assim que a substituição seja feita com facilidade, bastando apenas mudar os chips de memória, a GPU e reiniciar os capacitores para aumentar o limite de consumo.
Como dito, a "RTX 4090 de 48 GB" é vendida apenas na China e, mesmo que estivesse disponível em outras regiões, não seria recomendada tanto pelo impacto ainda insignificante na maioria dos jogos, quanto pela origem duvidosa. Ainda assim, os testes dão uma amostra do que seria possível fazer caso a NVIDIA mudasse de estratégia e oferecesse mais VRAM aos usuários, sem que fosse necessário adquirir uma GPU da linha profissional.
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