A consultoria Opinion Box resolveu ouvir os internautas brasileiros em uma pesquisa sobre privacidade e segurança na internet. E o resultado é interessante: quase 90% dos que participaram do levantamento afirmaram ter o hábito de realizar compras pela plataforma digital.

A pesquisa foi realizada em julho, com 1.884 internautas participantes. A amostra da pesquisa respeita a distribuição de internautas brasileiros por sexo, idade, classe social e região do país, alega a empresa que informou que a margem de erro é de 2,3 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.

Veja alguns dados levantados:

Compras online

Boa notícia para os empreendedores! De todos os entrevistados, 86% afirmaram ter o hábito de comprar pela internet. E metade das pessoas disseram, ainda, ter o hábito de fazer compras especificamente via aplicativos de smartphones, seja Android ou iOS. A etapa de cadastro em lojas online, no entanto, divide os usuários que compram pela internet. Na hora de informar os dados cadastrais a uma loja virtual, 55% disseram se sentir confortáveis em preencher os próprios dados, mas 40% discordam ao entregar os dados pessoais a uma loja da internet.

As pessoas ainda desconfiam um pouquinho das plataformas de vendas. Em compras via e-commerce, apenas 48% disseram se sentir seguros. Quando a compra acontece via aplicativos, a segurança ao informar dados de pagamento como número do cartão de crédito e código de segurança cai para 36%.

Dados de redes sociais

Ao se cadastrar em uma rede social nova, apenas 28% dos usuários se sentem confortáveis em fornecer dados pessoais, como nome completo e data de nascimento. Segundo a consultoria, isso quer dizer que, mesmo com os recordes de audiência de redes como o Facebook, os internautas já entraram na mídia com um pé atrás.

Ao compartilhar algo em uma rede social, 87% dos participantes sem preocupam com o uso indevido de seu conteúdo por outros usuários da mesma plataforma e 45% disseram, inclusive, se preocupar muito.

Governo

De acordo com a pesquisa, as pessoas querem que o governo se mantenha longe dos dados pessoais. Cerca de 73% dos entrevistados acreditam que o governo não deve ter o poder de acessar, armazenar e analisar dados de utilização dos usuários de internet no Brasil. Essa insegurança, no entanto, não é exclusividade brasileira. O próprio FBI alega que não existe privacidade absoluta em nenhum dispositivo. Alias, o chefão da polícia federal dos Estados Unidos recomenda que as pessoas tampem as câmeras e microfones de notebooks. Tal medida é simples e pode manter hackers bem afastados.