12 Abril 2018
Em 2016, após as tentativas do FBI em convencer a Apple a criar uma backdoor para o iPhone de um terrorista, a agência conseguiu extrair os dados do dispositivo graças à Cellebrite e alega-se que este foi o hack mais caro da história. Agora, a Cellebrite está fazendo "desbloqueio legal e extração de evidências" de dispositivos da Apple.
De acordo com o diretor de pesquisa da empresa, Shahar Tal, que publicou a notícia no Twitter, "O CAIS da Cellebrite agora suporta o desbloqueio legal e a extração de evidências dos dispositivos iPhone 4S /5/5C/5S/6/6+ (via nosso serviço interno)".
"CAIS" é a divisão de Serviços Avançados de Investigações da empresa, que oferece extração de dados para investigações criminais, mesmo quando os dispositivos são criptografados ou danificados.
Cellebrite's CAIS now supports lawful unlocking and evidence extraction of iPhone 4S/5/5C/5S/6/6+ devices (via our in-house service only).
— Shahar Tal (@jifa) 22 de fevereiro de 2017
Ele ainda completa que tem "orgulho das realizações de pesquisa contínua das equipes quase tanto quanto eu estou orgulhoso da verdadeira justiça que nós ajudamos a servir ao redor do mundo. Ver casos de assassinato resolvidos e pedófilos presos nos motiva e enche nosso dia-a-dia com imensa motivação. Eu sou grato".
Seeing murder cases solved and child molesters jailed drives us and fills our day-to-day with immense cause. I'm thankful.
— Shahar Tal (@jifa) 22 de fevereiro de 2017
O site da empresa promete apenas "a extração física de dados" do iPhone 4S, 5 e 5c. O dispositivo do terrorista no caso de San Bernadino era um 5c.
Não está claro por que Cellebrite não pode lidar com o iPhone 6s ou 7 - pelo menos oficialmente - mas a limitação parece ser os processadores envolvidos.
Processadores A7 e A8 devem, em teoria, tornar os dispositivos da Apple difíceis de hackear fisicamente, uma vez que incluem um Secure Enclave que armazena dados Touch ID. As pessoas que tentaram atualizar um iPhone 6 para iOS 9 encontraram mensagens de erro se tiverem feito reparos não autorizados afetando o sistema Touch ID.
Na segunda-feira, três grupos de notícias - a Associated Press, USA Today e Vice - insistiram que o governo dos EUA divulgue informações básicas sobre a ferramenta usada para desbloquear o iPhone de Farook, incluindo a empresa de origem e quanto custou. O Departamento de Justiça ofereceu poucos detalhes, alegando que qualquer coisa a mais poderia resultar em grupos desenvolvendo "contramedidas" contra o FBI.
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