O Alienware M15 R7 é o notebook gamer top de linha da Dell para esta geração. Ele foi lançado no Brasil em agosto de 2022, com especificações que prometem agradar até ao mais exigente jogador.

Será que esta máquina consegue mostrar grandes evoluções ao usuário na prática? A gente testou uma unidade dela nas últimas semanas e mostra em detalhes para você nesta análise completa.

Iniciamos pelo design, com uma construção que mistura liga de magnésio e plástico. O material decepciona pelo valor cobrado pelo produto, mas no geral passa uma segurança em relação à sua durabilidade.

Como temos aqui um laptop avançado para games, o seu corpo acompanha a potência. Ele é do estilo maior, com uma carcaça grande e uma espessura de cerca de 2,4 cm. Já o peso chega a aproximadamente 2,5 kg. Ou seja, não é do tipo de produto que você carregará facilmente na mochila.

A superfície tem acabamento fosco e consegue misturar bem o conforto no apoio das mãos com a capacidade de lidar com marcas de dedo. Mas já não posso dizer o mesmo em relação a poeira e pelos. O touchpad fornece uma sensibilidade agradável, apesar da área pequena.

O teclado é retroiluminado com luzes RGB, porém notamos um problema aqui. Os LEDs não contemplam os comandos extras, como acentos ou outros sinais. Dada a configuração incomum das teclas do Alienware, talvez leve um tempo até se acostumar a digitar tudo certo em locais escuros. Ao menos, a Dell inseriu o padrão ABNT2, algo ausente até então.

A empresa ainda colocou um novo sistema de resfriamento, com o dobro de pás nas ventoinhas e saídas de ar por várias direções. Sentimos uma boa eficiência da tecnologia, só que a carcaça ainda esquenta de forma considerável quando bem exigida.

O notebook tem um bloco traseiro para além do monitor, onde ficam a porta USB-C com Thunderbolt 4 e Power Delivery, uma das entradas USB 3.2 Tipo-A, a saída HDMI e a entrada de energia. Na lateral direita, aparecem as outras duas portas USB 3.2 Tipo-A; e na esquerda, estão a porta Ethernet e o conector global para fones e microfone.

A quantidade de entradas agrada no geral, mas não há aqui um slot para cartão de memória. Se até mesmo ultrafinos trazem a solução, não ter em uma máquina deste porte é uma falha da fabricante.

A caixa acompanha a proporção do tamanho do notebook, porém nada além do básico vem nela. Você encontrará apenas o notebook, o cabo de energia, a fonte e os manuais de instruções.

O M15 R7 contém uma tela de 15,6 polegadas e com bordas finas para a categoria. A Dell não informa o material, mas o amplo ângulo de visão parece indicar por um IPS LCD. A resolução foi ampliada em relação ao antecessor e agora chega a Quad HD.

Este Alienware também melhorou a densidade de pixels, e fica bem nítida a qualidade entregue apenas ao observar este painel. Você ainda terá suporte a Dolby Vision, para aprimorar a imagem em streamings compatíveis.

Para os gamers, o destaque aqui vai para a taxa de atualização de 240 Hz. Ela garante uma alta fluidez não somente nas animações como nos jogos mais pesados. Já a latência de 2 ms permite uma resposta bem rápida, especialmente em títulos de tiro em primeira pessoa. Mas desse assunto, a gente fala mais tarde.

Partindo para a área sonora, vemos um sistema de áudio estéreo de 5W RMS, com dois alto-falantes de 2,5W cada. Cada um está localizado de um lado, na porção inferior do notebook. Ele fica acima da média na potência e não decepciona no volume máximo.

A qualidade agrada e apresenta bom equilíbrio entre graves, médios e agudos. Se precisar de algo mais encorpado, há o suporte ao Dolby Atmos de forma nativa, para equalizar melhor o som.

O Alienware M15 R7 vem equipado com um processador Intel Core i7 de 12ª geração, da série H. Ele é acompanhado de 32 GB de memória RAM e 1 TB de armazenamento em SSD.

As principais especificações ainda incluem a placa de vídeo NVIDIA GeForce RTX 3070 Ti, que se destaca por entregar a tecnologia Optimus Advanced, que alterna o seu uso com os gráficos integrados de forma automática, conforme a necessidade.

Já na parte de software, este laptop vem equipado com o Windows 11 de maneira nativa. Mas o que se destaca no sistema é a presença do Alienware Command Center. Ele consiste em um programa que gerencia todo o funcionamento desta máquina.

Nele, dá para acompanhar o desempenho dos componentes já citados e configurar diferentes perfis de funcionamento, além de ajustar a iluminação do teclado como você preferir. É o software ideal para aqueles que curtem fazer overclock dos componentes e personalizar os LEDs das teclas.

O notebook também conta com uma espécie de “modo turbo”, que pode ser ativado com um botão e permite não somente realizar o overclock, como também ativar as ventoinhas, para ter um ganho de desempenho sem aumentar tanto o aquecimento.

Como é esperado de uma máquina deste porte, você não terá problema para qualquer ação, por mais complexa que seja. Fizemos alguns testes de benchmarks e tivemos números elevados no geral.

No Time Spy do 3DMark, chegou a anotar mais de 11.000 pontos, o que fica acima do concorrente A72 HYB, da Avell. Já no PCMark 10, atingiu cerca de 7.300 pontos e se manteve no topo do comparativo online. Em outras palavras, este é um laptop para não colocar defeito quando o assunto é desempenho.

Mas afinal, como esta máquina se comporta nos jogos? Por ser o ponto forte do M15 R7, naturalmente não temos do que reclamar quando ele mostra todo o seu poder nos games. Experimentamos desde os mais simples até outros complexos, todos na resolução máxima Quad HD.

Começando por Fall Guys, o destaque aqui fica por conta da capacidade de se manter com alta fluidez e sem qualquer engasgo em meio a um multiplayer com tantos competidores simultâneos. Já em Street Fighter V, as cores ressaltam mais aos olhos, graças à alta definição desta tela.

Em CS:GO, podemos realçar facilmente a alta taxa de fps que esta máquina alcança. Por ser um jogo de tiro em primeira pessoa, estar em uma média de 200 fps faz a diferença para atirar primeiro que os adversários, ainda mais com a latência muito baixa presente aqui.

Também testamos toda a capacidade da GPU em games como DOOM Eternal e God of War. Nestes, a presença da tecnologia Ray Tracing é o principal ponto, já que os cenários de luz e sombra acabam tornando a experiência ainda mais imersiva.

Chegamos no chamado ponto fraco deste notebook: a bateria. Aqui fizemos nosso tradicional teste com a simulação de um dia de trabalho. Usamos principalmente aplicativos de navegação, comunicação e o pacote Office.

O resultado acabou desapontando. Em apenas 1 hora e 35 minutos, o notebook já descarregou totalmente. Muito provavelmente, a potência do hardware e a presença de vários LEDs ligados por padrão acabaram afetando na autonomia total.

Já no carregamento, o adaptador de 240W não mostrou ser tão rápido proporcionalmente à sua potência. Precisamos de 2 horas e 40 minutos até a bateria chegar na sua carga total novamente.

No geral, vemos aqui um notebook gamer que atende ao nível mais exigente que possa ter no mercado. Os componentes gráficos e de processamento entregam o que há de melhor no momento, a tela garante imagem e fluidez necessárias para uma experiência acima da média, além do som de alta qualidade.

As ressalvas ficam por conta de detalhes mais paralelos. Incluímos aqui a construção com materiais abaixo do esperado, o corpo nada prático de se transportar e a bateria decepcionante na autonomia, em um segmento que já não se destaca pela duração.

O M15 R7 pode ser encontrado no Brasil pelo preço sugerido de R$ 14.799. É um valor bastante elevado para a compra, que ficaria em uma condição mais recomendada se estivesse próximo a R$ 10 mil, algo abaixo do seu concorrente direto da Avell, por exemplo.

Você gostou do que este notebook gamer entrega? Acha que compensa pagar o preço por uma unidade dele? Comente conosco!