A Dell lançou no final de agosto de 2024 o Inspiron 14 Plus no Brasil. O notebook se destaca por vir equipado com uma plataforma móvel da Qualcomm, dentro da arquitetura Arm e com o selo Copilot Plus PC.

Será que este notebook entrega uma boa experiência ao consumidor? O que ele tem de principais características na prática? Você confere em detalhes nesta análise completa aqui no TudoCelular.

Apesar de ser um Copilot Plus PC, o Inspiron 14 Plus traz um design que já estamos acostumados em ultrafinos antecessores da Dell com processadores da Intel. Falamos principalmente do seu chassi todo de alumínio na cor prata gelo, além da tampa com o logo da marca centralizado e das bordas finas, mesmo a superior que abriga a webcam.

Ao menos, a espessura de 1,69 cm e o peso de apenas 1,4 kg garantem o transporte sem dificuldade para qualquer lugar. A tela quando aberta ainda gera uma inclinação no teclado para facilitar a digitação. De toda a forma, esperávamos um corpo atualizado para este equipamento com hardware da Qualcomm.

E por falar no teclado, ele atende ao padrão ABNT e é retroiluminado, para ajudar quando for utilizar no escuro. Como não temos o bloco numérico, o espaçamento entre as teclas fica bastante confortável para a digitação.

A fabricante ainda colocou uma tecla dedicada ao Copilot e um leitor de impressões digitais incorporado ao botão de energia, para dar maior segurança na entrada do Windows. O touchpad oferece boa sensibilidade e precisão, porém não tem uma ampla área e você vai preferir um mouse externo.

O conjunto de portas traz dois conectores USB 4 Tipo-C na lateral esquerda, ao lado do slot para cartão microSD. Já à direita, você vai encontrar a entrada USB 3.2 Tipo-A e o áudio jack para fones de ouvido e microfone. Nada de saída HDMI ou porta Ethernet aqui. Pelo menos, o Wi-Fi é de sétima geração, além da presença do Bluetooth 5.4 integrado.

A caixa tem um tamanho maior do que poderia ser para um equipamento portátil. Mesmo assim, ela traz apenas o notebook, o manual de usuário e o carregador, que veio dividido em três partes: a fonte, o cabo de energia e o cabo USB-C nas duas pontas.

A Dell colocou nesta máquina uma tela de 14 polegadas do tipo IPS, que a empresa prefere chamar de WVA. As cores agradam e não apresentam distorção na visualização pela lateral. Ela é sensível ao toque, o que dá uma versatilidade a mais no uso do laptop.

O display tem um brilho de 400 nits no papel, mas certamente ultrapassa esse número na prática. Ele foi um dos mais fortes que já testamos. Mesmo o nível mínimo deve ser satisfatório para boa parte dos usuários.

A resolução Quad HD+ fornece uma definição acima da média para as imagens, além de o aspecto 16:10 deixar a experiência bastante imersiva. Fora a presença de um tratamento antirreflexo, que evita deixar o painel como um espelho contra a luz.

O Inspiron 14 Plus suporta a tecnologia Dolby Vision, para melhorar a reprodução de vídeos em streamings compatíveis. Mas o ponto fraco dela está na taxa de atualização limitada a 60 Hz. Uma frequência superior tornaria a tela perfeita deste modelo.

Este notebook chega com um sistema estéreo de áudio, com direito à tecnologia Qualcomm Aqstic Speaker Max. Ele é composto por dois woofers de 2 W cada na porção superior e dois tweeters de 2 W cada nas saídas da base.

Temos uma ótima potência sonora nele, com um volume alto o suficiente para um ambiente pequeno nos 50%. Também encontramos um bom equilíbrio entre graves, médios e agudos. Uma pena que não há suporte nativo a Dolby Atmos, mas ainda é possível explorar o equalizador do Dolby Access para alguns ajustes no som.

O Inspiron 14 Plus vem equipado com o processador Snapdragon X Plus, que se destaca pela arquitetura Arm e pela NPU integrada com foco nas tarefas de Inteligência Artificial. A placa de vídeo é a Adreno e deve atender à maioria dos usos leves e moderados na parte gráfica.

No conjunto de memórias, você vai encontrar 16 GB de RAM, sem possibilidade de expansão, e 512 GB ou 1 TB de armazenamento em SSD PCIe NVMe M.2. Aqui testamos a variante com mais espaço interno. Tivemos uma ótima experiência em desempenho com esta máquina. Ela roda tarefas básicas e um pouco mais complexas sem qualquer dificuldade, além de segurar vários programas abertos ao mesmo tempo e não sentir sobrecarga ou superaquecer.

Nos benchmarks, o modelo registrou 2.115 pontos no Steel Nomad do 3DMark. O número está mais de 300 pontos acima do “irmão” maior Inspiron 16 Plus, mas ainda fica 700 pontos abaixo do Zenbook 14 OLED e do Galaxy Book 4 Pro, ambos com CPU Intel Core Ultra.

Não conseguimos rodar o PCMark 10, pela incompatibilidade dele com a arquitetura Arm. Essa mesma situação pode acontecer com alguns jogos, como é o caso do multiplayer online Fall Guys.

Ao menos, sentimos o que é o Snapdragon X Plus em jogos com o Counter Strike 2. Apesar de alguns engasgos em momentos com muito movimento, na maior parte do tempo tivemos uma taxa entre 40 e 50 fps na configuração média. Longe do ideal para esse gênero, porém próximo do limite possível para a tela desta máquina.

O Windows 11 Home chega como o sistema operacional nativo. Ele se destaca pela presença do aplicativo do Copilot, que pode ser acessado com facilidade pela tecla dedicada, como já falamos antes.

Já entre os demais programas, o único que vem instalado além dos já tradicionais do Windows é o MyDell. Este fornece um gerenciamento do perfil de energia e escolhe o foco de otimização de tela do Dolby Vision.

A Dell colocou uma bateria com capacidade de 54 Wh neste notebook ultrafino. A fabricante promete 15 horas de reprodução de vídeos por streaming com apenas uma carga. Será que isso é possível?

Fizemos nossos testes com simulação de um dia de trabalho, ao alternar entre navegação no Edge, edição de documentos no Word e conversação pelo Telegram. Com essas tarefas, conseguimos alcançar uma autonomia total de 14 horas e meia. Consideramos algo bastante satisfatório mesmo para este segmento.

E o que temos de intervalo quando partimos para o carregamento dele? A companhia envia na embalagem um adaptador de tomada com 60 W de potência. Também experimentamos para saber o tempo exato.

Nos nossos testes, o Inspiron 14 Plus foi capaz de completar todo o processo e retornar aos 100% em apenas 1 hora e 57 minutos. Menos de 2 horas conectado na tomada, para uma autonomia de mais de 14 horas. Estamos falando de um quesito que certamente é o ponto mais forte deste notebook.

O Inspiron 14 Plus serve para qual tipo de público? Entendemos ser o ideal para quem busca alta portabilidade, para transportar este laptop a vários lugares com frequência e poder usá-lo por várias horas longe da tomada.

Por falar nisso, reforçamos que a bateria é o grande destaque deste notebook. Durante quase 15 horas com uma carga, é possível utilizar a trabalho ou ainda em uma viagem longa, sem medo de ficar na mão. E quando acabar a carga, ele não vai demorar muito tempo na tomada até retornar aos 100%.

O Snapdragon X Plus mostrou não apenas ser eficiente no consumo de energia, mas também ter um desempenho satisfatório. A parte multimídia agrada, seja na tela de alta qualidade e com um nível de brilho elevado, ou no som estéreo potente e com bom equilíbrio.

Como principais pontos negativos, destacamos o design reaproveitado de antecessores, e a falta de mais opções de portas. Fora a taxa de atualização limitada, o que impede uma fluidez maior na navegação e na experiência visual.

A Dell lançou o Inspiron 14 Plus no Brasil por preços sugeridos a partir de R$ 8.500, com esta variante com mais armazenamento vendida por R$ 9.000. Quais são as alternativas no mercado nacional?

O Acer Swift 14 AI cobra bem mais que o rival da Dell pelo mesmo chip Snapdragon, mas traz o dobro de memória RAM e promete 26 horas de duração de bateria.

Já o Vivobook S 15 também é mais caro que o Inspiron, só que este modelo da ASUS oferece maior autonomia e traz o Snapdragon X Elite, para um desempenho superior em tarefas mais complexas.

Você acha que compensa investir em um notebook com chip Arm? O que mais gostou no Inspiron 14 Plus? Pode dizer tudo aí no espaço abaixo para a gente.