13 Maio 2013
As redes de telefonia móvel no Brasil devem ganhar mais uma faixa de frequência para transmissão de voz, imagem e banda larga. A Partir de hoje, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abrirá para consulta pública a proposta de uso da nova frequência no território nacional.
Parte da frequência de 2,5 GHz, hoje destinada exclusivamente ao serviço de TV por assinatura via micro-ondas (MMDS), será então destinada às empresas de telefonia celular, a partir de 2012.
Essa decisão deve ser analisada de muitos ângulos. Primeiramente, as operadoras brasileiras já estão operando suas redes 3G no limite, não podendo assim acompanhar a grande demanda por banda larga móvel no país. Para atender a essa demanda, as operadoras já aguardavam pela liberação de novas faixas.
No entanto, o leilão para operar novas faixas tem sempre um grande custo para as operadoras, além do dinheiro que será gasto com a infra-estrutura. Esse custo, obviamente, é repassado ao consumidor, o que pode elevar os preços do serviço.
Apesar disso, Marcos Oliveira, Gerente de Engenharia de Espectro da Anatel, afirma que "Essa padronização permite uma globalização, e isso, além de proporcionar uma facilidade para os usuários, interfere diretamente na escala de produção, o que é determinante na formulação dos preços finais para o consumidor". Vamos torcer para que ele esteja certo.
Também condiciona à liberação de novas faixas estava a possibilidade da entrada da tecnologia 4G, conhecida como Long Term Evolution (LTE). Essa tecnologia no entanto ainda deve demorar para despontar no Brasil.
Outra questão importante dz respeito à compatibilidade dessa nova frequência com os smartphones atualmente produzidos pelas fabricantes. Nos EUA, a operadora T-Mobile opera em uma frequência diferente das demais, o que obriga as fabricantes a produzirem aparelhos apenas para esses clientes. Dessa forma, ótimos smartphones como o HTC Hero não podem ser comercializados pela T-Mobile, por não serem compatíveis com a frequência.
É importante frisar que, no Brasil, apesar da crescente demanda, o número de usuários para telefones pré-pagos ainda é muito maior do que os clientes que utilizam os serviços de banda larga. Isso pode, consequentemente, brecar a entrada de novos smartphones no país, obrigando as fabricantes a desenvolverem novos celulares apenas para o mercado nacional, onde a demanda ainda é baixa.
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