16 Fevereiro 2018
É bem provável que, ao longo dos últimos anos, você tenha ouvido falar a respeito de chips implantáveis em humanos e de um conceito "estranho" chamado biohacking. Pois bem: o termo, que se refere ao uso de novas tecnologias para aprimorar as capacidades do ser humano (seja com modificações de gene, seja com eletrônicos implantáveis) começou a ser discutido de forma tímida aqui no Brasil, mas está ganhando cada vez mais forma e um número gigantescos de adeptos. E, se você sempre quis implantar um biochip e se tornar um "ciborgue", saiba que a sua melhor chance será neste sábado (11), em São Paulo.
É em tal dia que ocorrerá o Roadsec SP, evento anual de cibersegurança e cultura hacker. Nesta edição, a feira contará com um convidado bastante especial: Amal Graafstra, fundador da empresa Dangerous Things, que, por sua vez, foi a pioneira na comercialização de chips projetados especialmente para implante em seres humanos. Com diversos modelos disponíveis em seu catálogo, os produtos comercializados pela marca são revestidos em material biocompatível e devidamente esterilizados, de forma que não há como o seu corpo rejeitar o dispositivo.
Múltiplos usos
Além das edições mistas, a Dangerous Things oferece dois tipos de chips: os de RFID, que simplesmente contém um código de identificação único e não-reprogramável, e os de NFC, que possuem uma limitada memória interna na qual você pode armazenar dados como números de telefone, senhas de carteiras digitais, cartões de visitas virtuais e outras coisinhas. Tudo depende da sua criatividade. Algumas pessoas constroem projetos até mesmo para ativar a ignição de veículos usando seu gadget. O processo de implante é rápido e pode ser feito pelo próprio consumidor, visto que cada biochip acompanha um kit com a seringa, gaze e outros complementos.
Porém, durante o Roadsec, Amal facilitará a vida daqueles interessados em se tornar um ciborgue e fará os implantes com suas próprias mãos — mas, é claro, tudo nessa vida tem um preço. Caso você esteja interessado em ser um dos 100 indivíduos que passará pelo processo durante o evento, ao vivo e a cores, será necessário desembolsar nada menos do que R$ 490; além de, é claro, comprar o ingresso para adentrar no próprio Roadsec, cujo preço varia entre R$ 80 a R$ 240. Vai encarar?
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