Economia e mercado 09 Jul
A Nanotech Energy, startup norte-americana, apresentou uma nova tecnologia para a fabricação de pilhas de íons de lítio baseadas em grafeno, um dos materiais mais resistentes estudados pela ciência. A nova solução, chamada de “Graphene-Organolyte”, recebeu o Prêmio de Inovação da CES 2022.
Os íons de lítio são a técnica mais utilizada em pilhas e baterias na atualidade devido à sua eficiência e vida útil mais extensa em relação às soluções mais antigas, contudo, outros materiais devem passar a ser utilizados para incrementar o desempenho desses componentes. O grafeno é uma das maiores apostas por ser mais resistente e seguro.
Segundo a Nanotech, os eletrodos de grafeno da Graphene-Organolyte são mais resistentes a incêndios. A flexibilidade do material oferece mais resistência durante às variações de volume ocasionadas pelo processo de carregamento e descarregamento das baterias, o que reduz as chances de curtos-circuitos e, por sequência, a combustão do equipamento.
As vantagens do grafeno não se limitam à flexibilidade. Com seu excelente potencial de condução elétrica, a resistência dos circuitos internos é reduzida, fazendo com que suas temperaturas sejam mantidas estáveis e evite problemas de superaquecimento.
A Nanotech desenvolveu um eletrólito menos inflamável que a substância utilizada nas baterias de íons de lítio convencionais. Chamado de “Organolyte”, o material é considerado “estável” pela fabricante e sua fabricação é realizada com materiais de fácil produção.
Testes realizados com a nova solução mostram que, mesmo ao serem danificadas, as baterias não causam incêndios. Confira no vídeo abaixo:
Os experimentos com as baterias de grafeno mostraram que sua condutividade não é prejudicada em ambientes com temperaturas extremas — entre -20ºC e 60ºC — além de prevenir combustão em condições de até incríveis 704ºC.
A Graphene-Organolyte pode ser carregada até 18 vezes mais rápido que baterias convencionais e personalizada em diferentes fatores de forma, de modo que atendam a dispositivos mais comuns, como controles remotos, ou até mesmo carros elétricos. A Nanotech afirma que sua produção iniciará em meados do último trimestre de 2022.
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