A AMD realizou um evento para a imprensa brasileira na manhã desta quinta-feira (23), com o objetivo de reforçar a sua presença nos mercados de processadores e placas de vídeo, com os modelos Ryzen e Radeon, respectivamente. O TudoCelular acompanhou a conferência.

Um dos destaques foi a expansão da linha de processadores para desktop, na arquitetura Zen 3, a fim de englobar não somente produtos com valor maior, como foi no ano anterior – como o Ryzen 9 5950X –, mas também ter produtos mais acessíveis no mercado – como é o caso do Ryzen 5 5600.

A estratégia de 2021 havia sido colocada em prática em decorrência dos problemas de escassez de componentes, por causa da pandemia do coronavírus, para não ter que aumentar o preço dos processadores. Agora, em 2022, foi possível voltar a atenção a mais segmentos.

“Em CPU, mesmo com a alta demanda e com restrições de produção, a AMD não aumenta o preço do processador. O que houve [em 2021]? Foco em produtos com valor maior. Eu entregava uma performance maior, mas também tinha um preço de venda maior.”

Artur de Oliveira

Gerente de vendas de CPU da AMD Brasil

No caso específico do Ryzen 5 5600, segundo dados de benchmarks, é possível chegar a 30% a mais de desempenho em jogos, em comparação com o principal concorrente da Intel – o Core i5-12400F –, enquanto chega a 50% de performance a mais, na relação com o antecessor, Ryzen 5 3600.

A AMD ainda destacou as suas APUs Ryzen 7 5700G e Ryzen 5 5600G, como uma série para entusiastas de jogos, uma vez que ambas contam com GPU Radeon integrada. Além disso, reforçou a existência do “Rei do PC gamer”, Ryzen 7 5800X3D, considerado o primeiro processador gaming com tecnologia 3D, que chega a 96 MB de cache L3 e oferece até 36% a mais de performance em jogos do que o Ryzen 9 5900X.

No assunto de GPUs, a fabricante destacou as mais recentes atualizações na família Radeon RX 6000, com os modelos RX 6950 XT, RX 6750 XT, RX 6650 XT, que chegam para complementar a família.

Os componentes chegam até 80 unidades computacionais, com um máximo de 16 GB de memória dedicada. Eles integram a arquitetura RDNA 2, com uma tecnologia de 7 nm na produção. Além disso, são prontos para o PCIe 4.0 e focadas em clocks mais rápidos para games, memória GDDR6 mais rápida e software aprimorado.

Já em um segmento mais de entrada, aparecem a Radeon RX 6500 XT e a RX 6400. Elas contam com até 2.610 MHz de game clock, 16 MB de Infinity Cache, 4 GB de memória dedicada e até 107W de potência.

O TudoCelular chegou a questionar a AMD os motivos pelos quais não vemos no Brasil a mesma presença das placas Radeon com o que encontramos no mercado internacional. De acordo com a líder da área de GPU da AMD Brasil, Patricia Lenny, a pandemia afetou a expansão da família RX 6000 no país, mas em breve deverá encontrar um cenário mais estável para estar presente no mercado nacional.

“Assim que nós tivemos a mudança da família para a 6000, um produto completo com Ray Tracing, veio a pandemia. Nós vínhamos em um processo de mineração [com a família anterior]. O produto era o melhor [para isso]. Logo após o lançamento da família RX 6000, veio o segundo boom da mineração. A gente não mudou o preço do chip. Como a gente não mudou o preço da CPU, também não mudou o da GPU. É a questão da oferta e da demanda. Agora que a gente está conseguindo equalizar, a gente já consegue ver uma melhor presença da Radeon, não tão grande quanto gostaríamos. Já vemos preços mais competitivos e acredito que em breve tenha um cenário mais estável.”

Patricia Lenny

Líder da área de GPU da AMD Brasil

E aí, qual é a sua avaliação sobre os mais recentes componentes da AMD nos segmentos de CPUs e GPUs? Comente conosco!