
Feiras e eventos 10 Jun
10 de junho de 2025 0
Após os diversos anúncios do Google for Brasil 2025, principal evento da gigante para o país, o Google realizou uma mesa redonda para esclarecer melhor os planos que possui para o público brasileiro. Além de reforçar que há prioridade em trazer o recém-lançado Modo IA para cá, a empresa discutiu sobre como está aberta para novas parcerias locais no ramo da Inteligência Artificial, entre outros detalhes importantes.
Disponibilizado de forma limitada durante o Google I/O 2025, em maio, o Modo IA é a aposta do Google para combater avanços de concorrentes como o Perplexity na era crescente dos motores de busca alimentados por Inteligência Artificial Generativa. A proposta é tornar a pesquisa mais simples e intuitiva, compreendendo com maior precisão o que está sendo solicitado pelo usuário.
A solução estreou apenas nos EUA no momento e ainda não possui previsão de chegar a outras regiões. No entanto, durante o evento para o mercado brasileiro, a companhia confirmou estar trabalhando na expansão da ferramenta, e afirmou que o Brasil está entre os países prioritários para receberem a novidade.
"A gente já está trabalhando para poder garantir que a qualidade do AI Mode em português seja boa o suficiente para habilitar que a gente lance aqui no Brasil o quanto antes. É um mercado prioritário", explicou o líder do time de engenharia da Busca do Google, Bruno Possas.
"A adoção do AI Overview [o resumo de IA no topo das pesquisas] tem sido muito grande aqui no Brasil. Os brasileiros estão sempre muito abertos a testar novas tecnologias e essa combinação de Brasil [ser um] mercado prioritário, trabalho de qualidade para garantir que essas respostas [do Modo IA] são boas o suficiente, mais a adoção que os brasileiros normalmente têm para esse tipo de produto vai acelerar a vinda do AI Mode aqui para o Brasil", concluiu.
Um dado interessante revelado pela companhia é que as buscas visuais, usando imagens ou a captura em tempo real da câmera do celular, têm crescido de forma expressiva. Somado a novos métodos de exibir os resultados, como o AI Overview e o próprio Modo IA, dúvidas estão sendo levantadas em torno do trabalho de jornalistas e criadores de conteúdo.
Para garantir que o Google encontre um conteúdo, esses profissionais precisam seguir diretrizes de otimização das buscas, ou SEO na sigla em inglês, que envolvem a produção de conteúdo de qualidade, formatação bem definida e outras recomendações que normalmente lidam com textos.
Mesmo com a chegada da IA e do crescimento das buscas visuais, a companhia afirma que o SEO ainda é um caminho essencial para sites e criadores, já que nem todas as buscas envolvem resumos com Inteligência Artificial. Dito isso, diante do potencial dessas mudanças, a recomendação é de fato evoluir o conteúdo e tirar proveito das capacidades multimodais (que processam áudio, texto e imagem ao mesmo tempo) dos modelos de linguagem.
"Os modelos do Gemini, Gemini 2.5, por exemplo, já são multimodais de forma nativa. Significa que o modelo em si consegue processar como entrada e gerar saídas em formatos diferentes. [...] Às vezes, a gente consegue representar aquela informação de uma forma melhor em um determinado formato. E esses modelos [...] vão aprender quando utilizar um determinado formato para poder fazer com que o usuário consiga absorver o máximo daquela informação", explica Possas.
"Então a minha sugestão é sim, eu acho que a forma como [jornalistas e criadores de conteúdo] publicam os conteúdos deve evoluir, deve abraçar vários formatos diferentes. Eu acho que esse é o futuro. Pode trabalhar com formatos diferentes que os nossos modelos e a Busca vão conseguir processá-los e mostrá-los como resposta a uma consulta que quiser acessar aquela informação [...]."
Um dos principais anúncios deste Google for Brasil foi o GAIA, um Grande Modelo de Linguagem (LLM) otimizado para uso em português brasileiro desenvolvido a partir do Gemma 3, LLM de código aberto da gigante das buscas que compartilha da tecnologia do Gemini.
O projeto também é gratuito para uso e foi resultado da colaboração inédita entre a empresa, a Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA), o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (CEIA/UFG) e as startups Amadeus AI e Nama.
Apesar da grande importância, o GAIA não é o único LLM brasileiro — já há iniciativas como o Sabiá-3 da Maritaca AI e a Amazônia IA desenvolvidas com o Brasil em mente. Questionados sobre um possível envolvimento do Google nesses projetos, o líder técnico do time de relacionamento com desenvolvedores da DeepMind, Luciano Martins, explica que nem sempre é possível investir esforços necessários em todos os projetos, mas destacou como a companhia possui diversas parcerias.
"A gente conversa bastante com alguns clientes que têm seus laboratórios de pesquisa [...], mas não necessariamente a gente consegue ter o investimento de recurso e tempo em exatamente todas as iniciativas que estão iniciando. Então, a gente teve esse trabalho com a BRIA, a gente tem trabalhos acontecendo aqui com a USP, com a UFMG, com a Unicamp, da região de Campinas [...]", detalhou Martins.
Mesmo assim, o executivo afirmou que o Google continua aberto e na busca para colaborar com outras companhias e centros de pesquisa que estão investindo em soluções para o Brasil. "A gente segue aberto para as outras empresas que estão com essa iniciativa de criação dos seus modelos especializados para Inteligência Artificial para a língua portuguesa. [...] E a gente segue tentando colaborar com essas empresas, com esses institutos de pesquisa que estão tentando algumas das abordagens para fazer a nossa vida melhor no Brasil", concluiu.
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