Importadores formiguinhas vivem um percalço de monta em seus negócios. A logística possível de garantia de margem mínima de lucro está inviabilizando os pequenos empreendedores.
Os Correios atuam na área de pequenas encomendas praticando preços competitivos, até mesmo depois de ressuscitar a antiga taxa de despacho postal, que em sua primeira edição só incidia sobre encomendas que eram taxadas pela Receita Federal, aparentemente pelo fato de essas encomendas apresentarem mais etapas de movimentação física entre as dependências da aduana e o centro de triagem dos Correios.
Com o advento do convênio firmado entre Correios e Receita Federal, muitas etapas logísticas foram evitadas, porém a taxa do despacho permaneceu, agora incidente sobre qualquer encomenda internacional.
Ocorre que transitam boatos pela rádio peão sobre uma operação desmonte da estatal, com vistas à privatização. O viés segue roteiro conhecido da privataria tupiniquim. Inviabilizar a empresa através do sucateamento de seus serviços e fermentação de seus vícios, maximizando assim o estigma do serviço público ser péssimo gestor, o que não deixa de ser verdade em condições ordinárias.
No epicentro desse furação de interesses inconfessáveis de setores governamentais privatistas e setores empresariais candidatos ao espólio, estão uma miríade, ainda não dimensionada, de pequenos importadores que garimpam sua subsistência a partir dessas pequenas encomendas, que comercializam geralmente pela rede.
Enquanto esse processo se desenrola e um certo caos se encontra instalado, esses pequenos comerciante de subsistência ficam órfãos de um serviço logístico com um mínimo de garantia e qualidade.
Há que se considerar esse problema com a dimensão social que ele assume por se tratar de milhões de famílias que auferem seus parcos rendimentos desse comércio formiguinha, de preferência com a cigarra cuidando do som ambiente.