O Google bem que tentou, mas não conseguiu. Sua rede social, o Google Plus, deu seu último suspiro hoje (2). A gigante de Mountain View anunciou que sua rede social - que nunca foi um concorrente à altura para Twitter e Facebook - não está mais disponível para contas pessoais e de marca.

Além do pouco sucesso do Google Plus, exposições de dados transformaram a plataforma em um grave problema de segurança para a empresa. Dados sensíveis expostos em outubro e um segundo vazamento em dezembro tornaram a situação insustentável. Em janeiro, o aplicativo começou a apresentar falhas na API que indicavam o fim próximo.

Paralelamente, a companhia reconheceu que o Google Plus não conseguiu atender às expectativas em relação a crescimento de usuários. No ano passado, a empresa contabilizava que 90% das sessões de usuário da rede duravam menos de cinco segundos. Veja mais detalhes sobre a história do Google Plus no Detetive TudoCelular.

"Embora nossas equipes de engenharia tenham investido muito esforço e dedicação na construção do Google+ ao longo dos anos, ele não alcançou uma ampla adoção pelos consumidores ou desenvolvedores, e viu uma interação limitada do usuário com os aplicativos"
Ben Smith, do Google, em setembro.

Nem mesmo algumas boas funcionalidades, como as discussões focadas em tópicos e a organização de contatos em círculos foi capaz de manter a base de usuários ativa na plataforma. E a raiz desse problema está no início, quando o Google forçou seus clientes a criarem uma conta na rede social para interagir com outros serviços, como o YouTube, e até mesmo uma incômoda vinculação da rede ao Gmail. A medida desagradou usuários.

O Google anunciou que outros produtos da plataforma não foram afetados pela desativação das contas pessoais e podem continuar sendo usados. As fotos e os vídeos que já estiverem armazenados em backup no Google Fotos não serão excluídos. O Google Plus para o G Suite seguirá como um recurso para a troca de ideias entre as pessoas de uma organização.

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