Software 07 Abr
O Android 11 será lançado em 2020 e graças às versões prévias para desenvolvedores, como a DP2 que foi liberada no início de abril com diversas correções de problemas. Apesar de diversas melhorias um problema do sistema é muito mais difícil de solucionar: a fragmentação das versões do Android, o que faz com que muitos aparelhos não tenham a versão mais nova do sistema ainda.
Visando colocar um fim em aparelhos que não são atualizados por diversos fatores a Google está incluindo um requisito para ter o Android 11 e os serviços do Google instalados em um celular: o uso de partições A/B. Entenda como elas funcionam na ilustração abaixo:
Quando uma atualização é baixada, ela é instalada na partição inativa, como você pode ver no exemplo para o Android 8.1 acima. A troca de partições ativas é realizada ao reiniciar o celular e se algo der errado, o próprio aparelho troca de partição para que o aparelho continue funcionando normalmente. Isso é interessante porque permite o uso do celular durante a instalação.
Além disso, outro ponto positivo é o Projeto Treble (representado acima). Com ele, os aparelhos compatíveis armazenam o Android numa partição separada, em verde, e facilitam as atualizações para as fabricantes, pois os demais componentes que fazem o celular funcionar, em cinza, não precisam ser reinstalados numa atualização do sistema. Essas informações foram obtidas pelo Vendor Test Suite do Google ou VTS.
O VTS é composto por vários testes que dizem se um aparelho e uma ROM de um fabricante são compatíveis com o Treble. O caso é que somente aparelhos que tenham partições A/B serão aprovados pelo VTS que agora é obrigatório para ter a certificação do Google Play Services, sem a qual os aplicativos do Google não funcionam, tais como Google Play, por exemplo.
Dessa forma, aparelhos que não sejam certificados pelo VTS para o Treble não serão compatíveis com os serviços do Google no Android 11, de forma semelhante ao que já ocorre em aparelhos da Huawei.
Embora pareça muito complicado, essa novidade pode ser boa para os donos de aparelhos que tenham as partições ativas, afinal, as atualizações devem chegar mais rápido, com mais segurança e de forma menos fragmentada entre as fabricantes, permitindo aliás, que aparelhos sejam atualizados por mais tempo, aumentando a sua vida útil.
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