Curiosidade 03 Jan
A linha Pixel sempre foi destaque por apresentar uma qualidade fotográfica superior aos seus concorrentes e liderar o segmento de câmeras apresentando avanços nos sensores e otimização no sistema, características adotadas pelo Google deste os primeiros lançamentos e que construíram a reputação dessa família de aparelhos no decorrer dos anos.
Apesar da ser o carro-chefe da empresa, o recém-lançado Pixel 6 aparenta não ter sido tão bem otimizado quanto a versão Pro ou gerações antecessoras, sendo relatado problemas no sistema operacional do telefone, bugs durante o uso e um conjunto de câmeras que não faz jus a fama do modelo.
Nesta semana a equipe técnica do portal DxOMark, site especializado em analisar smartphones, avaliou o Pixel 6 em diferentes situações de modo a determinar a qualidade das fotos capturadas através do telefone e identificar se o fabricante incluiu avanços ou se o dispositivo peca até mesmo em seu ponto forte.
Nos testes o telefone obteve 132 pontos e está fora das dez primeiras posições, no entanto o smartphone demonstrou ser versátil e se saiu bem em algumas avaliações.
As imagens capturadas a partir do Pixel 6 exibem uma quantidade significativa de ruído, isto é, granulações na foto. Normalmente esse efeito acontece em ambientes com pouca luminosidade, porém neste modelo em questão foi identificado em diferentes cenários e condições de luz, problema que afeta a experiência de uso e diminui a resolução do conteúdo.
O efeito bokeh — desfoque de fundo realizado pelo sensor telefoto — é um dos principais destaques do smartphone, que consegue recortar com precisão o objeto ou pessoa que está sendo fotografado utilizando esse modo de captura e garante uma nitidez satisfatória de detalhes.
- Sensor principal Samsung GN1 de 50 MP
- Sensor grande-angular Sony IMX386 de 12 MP
O zoom do Pixel 6 também não é tão eficiente quanto deveria, visto que em imagens capturadas à distância o telefone perde muitos detalhes e os contornos não são tão bem definidos quanto em rivais. Essa limitação é percebida ao ampliar a imagem, que exibe uma notória perda na qualidade.
O contraste é eficiente e o celular consegue balancear todos os elementos do ambiente e exibir cores naturais, ponto que costuma ser uma das maiores dificuldades em fotos tiradas a partir de smartphones.
A equipe também avaliou a qualidade durante a gravação de vídeos, sendo identificado uma boa estabilização de imagem em todas as situações, ou seja, mesmo quando o usuário está se movimentando, registrando a maioria dos detalhes e mantendo uma visualização satisfatória em ambientes com luz natural.
Apesar das qualidades, o DxOMark relata que o balanço de branco sofre em alguma situações e a exposição é instável, problema que pode variar a quantidade de luz capturada pelo sensor e sobrepor outros elementos do vídeo. O desempenho do foco automático decai quando há pouca luminosidade.
Mesmo com suas limitações o smartphone do Google conseguiu se sair bem nos testes e apresentou resultados sólidos e eficientes, sendo uma das melhores opções nessa faixa de preço e se sobressaindo por trazer um pós-processamento aprimorado que consegue extrair o melhor dos sensores apesar das dificuldades.
- Tela OLED de 6,4 polegadas e resolução FHD+
- Taxa de 90 Hz e proteção Gorilla Glass Victus
- Plataforma Google Tensor
- GPU Mali-G78 MP20
- 8 GB de memória RAM
- 256 GB de armazenamento interno (sem suporte para microSD)
- Câmera frontal de 8 MP f/2.2
- Duas câmeras traseiras:
- Lente principal com sensor de 50 MP
- Lente ultrawide com sensor de 12 MP
- 5G, NFC, UWB, áudio de alta definição Sony LDAC, Bluetooth 5.2, WiFi 6E, leitor de digitais sob a tela
- Bateria de 4.614 mah e carregamento de 30W
- Sistema operacional Android 12
- Dimensões: 158.6 x 74.8 x 8.9 mm
- Peso: 207g
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