O Google Lens ganhou um novo recurso de pesquisa de imagens que permite obter mais informações sobre alguma irritação que tenha surgido na pele de um usuário. Com os aplicativos no iOS e no Android dá para pesquisar problemas de pele, lábios, unha ou couro cabeludo.

“Basta tirar uma foto ou fazer upload de uma foto pelo Lens e você encontrará correspondências visuais para informar sua pesquisa”, diz a postagem do blog do Google. No entanto, a empresa reforça a importância de busca aconselhamento de um médico, já que os resultados são apenas informativos e não um diagnóstico.

Ferramenta desse gênero tem sido testada pela empresa há alguns anos —uma prévia foi apresentada na conferência para desenvolvedores em 2021, usando fotos e respostas de pesquisa. Na época, o recurso poderia reconhecer até 288 condições diferentes, acertando em 84% das vezes.

O Google agora aponta que a ferramenta está passando por testes de mercado para um lançamento limitado, que já tem um selo de aprovação europeu, mas ainda não foi avaliado pelo FDA, agência de regulação e saúde pública americana, equivalente à Anvisa por lá. Apesar das vantagens, esse tipo de uso da ferramenta acaba transferindo a responsabilidade para o usuário, sem se firmar como um recurso de diagnóstico.

Uma crítica em relação a esse tipo do software é de que ele é menos preciso para pessoas com tons de pele mais escuros. Segundo o The Guardian, há uma falta de dados de categoria de tipo de pele em muitos bancos de dados de imagens disponíveis gratuitamente usados ​​para treinar sistemas de IA e uma falta de imagens de indivíduos de pele escura em bancos de dados que incluíam essas informações.

Com base nisso, o Google fez uma parceria com o professor de Harvard Ellis Monk para promover sua Monk Skin Tone Scale, ou escala de tons, e as melhores práticas de como ela pode ser usada no desenvolvimento de IA. O gigante das buscas diz que suas equipes têm usado a escala para suas tarefas de pesquisa etnográfica e testes de imparcialidade.