Economia e mercado 02 Abr
A preocupação com o conteúdo de jogos de vídeo-game e a discussão sobre censura a desenvolvedores na Ásia segue quente. Depois da polêmica com o Japão e games que contenham pornografia, é a vez da China. O país, que tem o costume de vigiar e restringir costumes de seus cidadãos, atualizou as restrições e requisitos para os jogos que entram nesse mercado.
Essas restrições não parecem boas para jogos como Mortal Kombat 11 - que chegou a ser banido da Indonésia - já que, depois do congelamento de nove meses na aprovação de novos jogos, o país resolveu banir definitivamente títulos com cadáver e sangue de qualquer tipo, além daqueles que envolvam a história imperial do país e até mesmo os de azar, como Mahjong e Poker.
Além disso, há iniciativas como solicitar que editores mudem como seus títulos promovem valores e cultura chineses, de modo que, se esses se tornarem populares em todo o mundo, eles retratarão o país de forma positiva.
Desenvolvedores e editores também terão de divulgar mais informações sobre um determinado título, como scripts detalhados, capturas de tela, e quais recursos estão sendo incluídos para ajudar a reduzir o vício em jogos e os gastos excessivos por parte da população mais jovem.
O país vê o vício em jogos como um problema, abordado pela primeira vez em 2007, com a criação de regras para jogos de PC, que foram estendidos a consoles e jogos móveis.
A China é considerada o maior mercado de jogos do mundo. Recentemente, a Trecent, líder do segmento, recebeu aprovação para vender o Nintendo Switch no país. Soma-se a isso as novas diretrizes, e é possível ver um cenário de abertura para o resto do mundo. O problema é que alguns títulos terão de ser ajustados para se adequarem ao regulamento local.
Se no Japão os estúdios e desenvolvedores reclamaram de censura, o mesmo deve acontecer na China, mas um mercado que fatura 30 bilhões de dólares anual segue sendo uma oportunidade para eles, e esse número deve ser maior em 2019, com o fim do congelamento da aprovação de jogos.
A discussão sobre jogos violentos chegou ao Brasil, e ganhou mais força após o atentato em Suzano, com a crítica do vice-presidente Hamilton Mourão. O tema agora tramita na Câmara dos Deputados.
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