Lançamentos 12 Nov
Lançado em outubro de 2020, Ghostrunner é um jogo no estilo plataforma, que combina combate em primeira pessoa e elementos do universo cyberpunk.
Recentemente, tivemos a chance de testar o título e iremos compartilhar abaixo nossas impressões sobre o título, bem como seu desempenho na nova geração de consoles.
Como sempre, nossa review é sem spoilers, por isso, pode ler sem medo!
Situado em um mundo pós-apocalíptico futurista, Ghostrunner nos coloca na pele de um ninja cibernético que sofreu uma violência e que perdeu sua memória.
Ao lado de uma inteligência artificial aliada, nosso herói precisa recobrar sua memória e tentar garantir a vitória de uma resistência que luta contra os comandantes desse mundo decadente. A premissa parece previsível, mas a boa atmosfera do jogo garante que ela seja envolvente o bastante, mesmo ficando em segundo plano.
O fato da história ficar em segundo plano se deve à intensidade da jogabilidade, que faz com que você não crie muitos vínculos afetivos e se preocupe mais em vencer os desafios, mas falaremos sobre isso mais adiante.
O verdadeiro destaque de Ghostrunner é sua jogabilidade veloz e frenética. Contando com poucos equipamentos e armamentos, o jogador deve usar suas próprias habilidades para superar os obstáculos e derrotar os inimigos implacáveis que aparecem em seu caminho.
Como o nome do jogo sugere, seu objetivo é estar sempre em movimento, ou melhor, sempre correndo. O fato de nosso ninja ter que ser tão ágil, seja para pular de uma plataforma, correr por paredes ou aniquilar seus inimigos, faz com que você se sinta de fato um fantasma, flutuando pelo mapa enquanto dança com sua espada afiada.
Com uma ação tão desenfreada, a curva de aprendizagem pode não ser tão simples, exigindo que os jogadores tenham paciência para corrigir seus erros dos percursos, além de analisarem outras formas de passar pelos inimigos.
A mobilidade é a palavra-chave e você sempre deve estar em movimento, o que faz com que você tenha que pensar suas ações antecipadamente, além de encontrar os pontos fracos de seus inimigos para derrotá-los em apenas um golpe. Basta um tiro para que você morra, elevando bastante o nível de dificuldade.
Embora a campanha possa ser concluída entre 6 e 8 horas, o tempo pode se estender bastante dependendo de seu nível de habilidade, ainda mais se você não leva muito jeito com jogos em primeira pessoa.
Durante meu teste, notei que a câmera era sensível demais, o que atrapalhava a jogabilidade, mas os ajustes do menu permitem que você a deixe mais confortável para o seu tipo de jogo.
Tendo apenas sua katana como arma principal, o ninja conta com recursos adicionais que o ajudam a superar os desafios, incluindo algumas shuriken, um arpéu e poderes especiais, tais como: desacelerar o tempo para se reposicionar ou uma rajada de energia que repele projéteis. Mesmo com tudo isso, o senso de urgência é constante, graças aos diversos tipos de inimigos apresentados pelo jogo.
Por ser um jogo mais antigo, Ghostrunner não conta com as melhorias gráficas deslumbrantes da atual geração de consoles, mas ainda assim, seu estilo de arte funciona bem e consegue ser bem atraente.
Ao falar em estilo de arte, podemos notar algumas semelhanças com Control, o que faz bastante sentido, considerando que esse também é um jogo da 505 Games.
Já na parte da trilha sonora, temos batidas marcantes, que embalam os percursos frenéticos e aumentam a sensação de sermos um assassino imparável. Remetendo bastante à outras produções que adotam o estilo cyberpunk, a trilha consegue ser bem competente e aumentar a imersão do jogo.
Por conta de seu grau de dificuldade e estilo de jogabilidade, Ghostrunner pode não agradar todos os jogadores, principalmente os mais casuais, que se sentirão um pouco frustrados com a necessidade de repetição a exigência de perfeição nos controles, mas é inegável o nível de qualidade do jogo e o quão atraente ele pode ser para os mais hardcore.
Contando com uma ampla variedade de inimigos e comandos precisos, o título é perfeito para quem quer se sentir um verdadeiro ninja do futuro e pode até mesmo tirar o gosto ruim deixado por um certo jogo com temática parecida.
Rápido, frenético e sangrento. Essa a é definição perfeita para Ghostrunner.
Controles precisos e recursos limitados fazem com que a habilidade do jogador seja colocada à prova.
Apesar de não ser um jogo da nova geração, os gráficos de Ghostrunner servem bem para a proposta do jogo.
Contando com uma premissa amplamente explorada, a história acaba não sendo um grande destaque.
Batidas enérgicas embalam bem as fases frenética e a matança desenfreada.
O senso de urgência do jogo faz com que você se sinta desafiado a superar os obstáculos e se manter vivo.
Ghostrunner é um jogo desafiador e envolvente, principalmente para aqueles que conseguem se manter calmos, mesmo sob pressão.
*Gostaríamos de agradecer à Stride PR e a All In! Games por terem nos cedido uma cópia do jogo no PS5 para esta análise.
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