Curiosidade 20 Out
Nos últimos tempos, desenvolvedores têm realizado uma série de críticas ao Xbox Series S e falado que muitos estúdios não querem mais criar jogos para o console mais modesto da Microsoft.
Afinal, por que o videogame de nova geração tem sofrido esse tipo de comentário? Quais são os principais argumentos para isso? O Detetive TC aborda em detalhes para você nesta coluna.
Uma das polêmicas recentes aconteceu no começo desta semana. Na ocasião, um desenvolvedor da Rocksteady Studios – Lee Devonald – disse que o Series S estaria impedindo a criação de jogos mais avançados.
Ele ressalta que o Xbox Series S tem menos recursos que o “irmão” Series X, além de componentes – como CPU e GPU – também mais fracos que o modelo mais caro da família. O resultado é o suporte à resolução 1440p a 120 fps, enquanto o X e o concorrente da Sony chegam a 4K a 60 ou 120 fps.
De forma mais enfática, Devonald chama o console mais básico da gigante de Redmond de “batata”. Essa classificação – no jargão do mundo da tecnologia – serve para definir um dispositivo considerado “ruim”.
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— THE RED DRAGON 🔺 (@TWTHEREDDRAGON) October 15, 2022
Senior dev says Xbox Series S is holding back this generation of games and says it’s not much better than a last gen console. pic.twitter.com/evrnGqt9Zc
O caso se expandiu até por parte de outros profissionais do setor, como o funcionário da Bossa Games chamado Ian Maclure. Ele argumenta que os estúdios não gostariam mais de colocar suporte ao Xbox Series S em seus produtos.
Segundo ele, já teria ocorrido até mesmo uma reunião entre diferentes desenvolvedoras para encontrar maneiras de remover o lançamento ao console mais acessível, pois isso teria se tornado um entrave no ciclo de criação.
A grande polêmica começou com o anúncio da WB Games Montreal para confirmar que o jogo Gotham Knights rodaria apenas a 30 fps nos consoles de nova geração – incluindo o Xbox Series X e o PlayStation 5.
A princípio, a justificativa foi o fato de que o mundo aberto é bastante grande e que, em conjunto com o modo cooperativo, poderia exigir demais dos videogames. Por isso, a decisão de limitar a taxa de quadros por segundo em um nível ainda pensando para a geração passada.
Contudo, Devonald preferiu responsabilizar o console mais modesto da Microsoft pela decisão – mesmo sem qualquer confirmação oficial da desenvolvedora que esse seria o real motivo para a restrição do game.
Vale lembrar que o Series S é compatível com até 120 fps. Mas o seu hardware demanda otimizações de cada jogo para um desempenho mais baixo, o que gera um maior “trabalho” aos desenvolvedores.
Dada essa explicação, fica a dúvida se a “culpa” realmente é a existência de um console limitado para a nova geração, como o Series S, ou se há uma acomodação da indústria a não querer reinventar suas ferramentas de criação de jogos.
Ao considerar que seja a segunda opção, quais caminhos devem ser mudados para o cenário mudar? Um deles está na otimização da engine para a nova geração. O resultado seria a criação de mais jogos pensados para os consoles recentes, e não usar cross-gen como uma “muleta” para os novos lançamentos.
E como ficaria o Xbox mais modesto? Uma saída está na aplicação da tecnologia FidelityFX Super Resolution da AMD. Ela permitiria avanços significativos na taxa de quadros por segundo, além de também ajudar na hora de atingir a resolução máxima compatível tanto no Series S quanto no Series X, sem afetar no fps.
E aí, qual é a sua avaliação sobre as críticas contra o Xbox Series S? Acredita que o console mais modesto da Microsoft é o responsável pelo atraso das desenvolvedoras nas criações de jogos? Interaja conosco!
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