Tech 22 Mar
Atualização - (22/3/2024)
Dois dias após a publicação da primeira build, o Suyu recebeu uma notificação de violação de direitos autorais, efetivamente forçando o GitLab, repositório que hospedava o emulador, a removê-lo de suas páginas.
A medida fez com que o Suyu parasse de aceitar novos usuários publicamente e fosse movido para um novo endereço. Nesta nova página, não há nenhuma forma direta de fazer o download da aplicação, e seus operadores orientam novos interessados a formalizarem um pedido por meio de um servidor dedicado no Discord.
Vale citar que a notificação recebida pelo GitLab não identifica de forma expressa "a Nintendo", mencionando apenas que a reclamação veio do "portador de direitos autorais". Entretanto, a gigante japonesa é a principal suspeita, já que o Suyu é um emulador específico para o Nintendo Switch.
Um novo emulador para Nintendo Switch acaba de chegar ao mercado: chamado apenas de “Suyu”, o projeto ganhou a sua primeira versão recentemente e o download já está disponível via GitLab.
O Suyu vem para substituir o finado Yuzu, um outro emulador – este, imensamente popular – que a Nintendo conseguiu derrubar por meio de ação judicial no começo de março. Ao que tudo indica, o novo projeto ganhou diversas melhorias em relação ao seu antecessor.
Um dos novos recursos é a integração com a função QLaunch, que, em termos práticos, permite que usuários utilizem o menu principal do próprio Switch mesmo ao rodar o emulador. Outras funções interessantes incluem uma nova API para jogos multiplayer, melhorias visuais e de navegação e remove toda a capacidade de telemetria.
Este último ponto é importante: a telemetria provou ser o “calcanhar de Aquiles” do Yuzu, já que o recurso fornecia dados de uso aos seus desenvolvedores. Essas informações, no entanto, foram utilizadas pela Nintendo como prova de que o antigo emulador incentivava a prática de pirataria.
Vale lembrar que a legislação que incide sobre emuladores é relativamente nebulosa: embora a prática seja um vetor para a pirataria (o que, por si, é crime), as próprias empresas costumam usá-los em suas ofertas comerciais – a própria Nintendo já fez isso quando relançou o NES e o Super NES em versões “mini” – seus jogos rodavam por emulação.
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