Mesmo com o anúncio do Switch, que também é um dos lançamentos mais aguardados pelo universo gamer no próximo ano, a Nintendo ainda continua trabalhando em prol de melhorias no 3DS.

O aclamado portátil oriental possui títulos que continuam um sucesso na vigente geração, sendo que vários deles serão levados para seu ‘irmão mais novo’ em 2017.

A Nintendo sempre foi amplamente reconhecida pela sua política severa para proteger sua propriedade intelectual, o que pode ser visto com o fim de plataformas como o site irlandês Jolt Gaming, que foi obrigado pela gigante japonesa a tirar do ar mais de 562 jogos, além do fim de muitas alternativas desenvolvidas por fãs, como Pokémon Uranium, e No Mario’s Sky, por exemplo.

Entretanto, ao contrário de outros dispositivos de jogos, o 3DS não contava com um conceito para desbloquear o aparelho, como opção para de receber jogos piratas, e obviamente, seguindo o seu paradigma a Nintendo quer que as coisas permaneçam assim.

O aplicativo ‘Freeshop’ era um homebrew baseado em código aberto desenvolvido e distribuído através do GitHub, que imitava a eShop para que o jogador conseguisse baixar jogos irregulares.

Esta aplicação poderia ser instalada no 3DS usando as titlekeys – uma forma de criptografia exclusiva da Nintendo para proteger os direitos de seus jogos – e os criadores salientavam que o aplicativo basicamente era direcionado para que os jogadores baixassem jogos que já tinham sido comprados, mas no fim, esta funcionalidade ainda poderia abrir outras possibilidades, como a propagação da pirataria, levando em consideração que é relativamente fácil encontrar base de dados na Internet com titlekeys disponíveis de graça.

Nesta semana, a Nintendo acionou seus advogados, e sem muita surpresa, ordenou a extinção do app, que não pode mais ser encontrado no GitHub. Em nota, a empresa ressalta:

A Nintendo criptografa arquivos de jogos nos servidores da eShop para evitar que usuários acessem esses arquivos sem pagar por eles. Acreditamos que o aplicativo Freeshop burla as proteções ao decifrar os arquivos de jogos acessíveis pelos servidores da loja, possibilitando que os usuários possam acessar os títulos de gratuitamente.

Apesar da publicação por parte da empresa ser bem clara para novos downloads, impedindo que a ferramenta continue sendo distribuída online, a Nintendo não explicou o que acontecerá com os usuários que já baixaram o Freeshop e tem o app instalado em seus respectivos 3DS.