Economia e mercado 13 Out
Ao bater recordes um após o outro desde agosto, a última barreira quebrada pelo bitcoin foi a de ultrapassar a quantia de US$ 5.200 mil no último dia 12 de outubro. A valorização da criptomoeda já chega a 750% desde o ano passado – uma vez que ela iniciou 2017 valendo US$ 966 – e hoje preocupa os governos no mundo inteiro.
No começo de setembro, a moeda digital já havia despencado para menos de US$ 3.000, quando a China planejava fechar bolsas locais de criptomoedas, por temer que o aumento de consumidores com acúmulo de bitcoins pudesse causar problemas econômicos futuramente.
A Rússia parece também não gostar da crescente da moeda digital. O presidente Vladimir Putin discutiu com o comitê financeiro nesta semana uma possível regulamentação das criptomoedas, por considerar que sua utilização “traz sérios riscos” ao país. O receio do russo é que elas sejam usadas para lavagem de dinheiro, evasão fiscal e financiamento do terrorismo.
Enquanto isso, o Japão parece ir na contramão dos outros citados. O país oriental reconheceu o bitcoin como forma de pagamento há duas semanas, mas impôs regras internas para o seu uso.
Mas as advertências à moeda digital não se resumem apenas às nações. Os agentes financeiros parecem também se preocupar com a ascensão dela. O principal alerta veio do executivo-chefe do JP Morgan, Jamie Dimon, que considerou o bitcoin uma fraude que explodirá algum dia.
Um dos motivos do crescimento da criptomoeda é a não necessidade de um banco para as transações, além de se livrar dos processos tradicionais. Por outro lado, visto que circula de forma anônima, as autoridades financeiras temem pelo uso do bitcoin para lavar dinheiro e cometer crimes virtuais.
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