19 Setembro 2019
O presidente do grupo Itaú Unibanco, Candido Bracher, cobrou nesta semana ação dos órgãos reguladores para que fintechs e grandes bancos sigam as mesmas regras, conforme o serviço prestado. A fala do executivo ocorreu durante o congresso Ciab Febraban 2018, onde ele também defendeu a capacidade de inovação das grandes instituições financeiras.
Para ele, as fintechs como o Nubank não devem ser encaradas como uma ameaça para as instituições estabelecidas, mas defende que haja uma igualdade de condições para competição:
Acho que a entrada [de novas empresas] é uma questão extremamente enriquecedora. O importante é que haja igualdade de condições de competição, que empresas que façam a mesma coisa tenham as mesmas regras. Vejo novos entrantes como oportunidade para o setor. São focados em produtos específicos, capazes de atingir níveis de eficiência grande. Mas têm dificuldade de oferecer serviços financeiros complexos
De acordo com o Telesintese, Bracher também destacou que o Itaú está investindo pesado em novas tecnologias e inovações para se manter atualizado. Nos últimos dois anos, a instituição aumentou em 40% o valor aportado na área e já ativou cerca de 1 mil APIs para parceiros.
Além disso, a instituição também está ampliando o investimento em analytics, sendo que ela criou um centro de análise de dados e informações que já conta com 50 cientistas de dados. Somado a isso, em agosto o Itaú pretende lançar um segundo espaço Cubo, em São Paulo, com 210 startups, 1,2 mil residentes e 20 mil m² de área.
Isso, segundo Bracher, faz com que cerca de 5 milhões de clientes sejam impactados pelos novos serviços, sendo que atualmente 600 mil usuários já instalaram o teclado Itaú em smartphones. Isso contribui para que 69% do lucro líquido recorrente do Itaú seja fruto de produtos digitais. Em 2015, eram 32%.
Comentários