Economia e mercado 12 Set
Ao passo em que os Correios instituem uma taxa que deve tornar impeditiva a importação de bugigangas chinesas baratas para o Brasil, a Nubank foi no caminho inverso e decidiu acabar com a incerteza que compras internacionais significam na fatura no final do mês. A fintech há um bom tempo tem pensado em medidas inéditas de mercado para o consumidor, e outro exemplo disso foi o lançamento do pagamento antecipado de parcelas, que dá descontos ao consumidor.
Porém, isso tudo cobra dela um preço: as vantagens lançadas para os clientes são arcadas pela empresa, que acumulou no primeiro semestre de 2018 um prejuízo de R$ 51 milhões, 30% mais dívidas que no mesmo período de 2017.
Ao mesmo tempo, curiosamente, a fidelização da sua base de usuários com essas e outras medidas que criam uma imagem positiva da empresa também têm surtido efeito: o último relatório financeiro indica uma receita de R$ 503 milhões.
Segundo a fintech, o saldo negativo maior que o do primeiro semestre do ano passado era até esperado: houveram investimentos massivos na captação de novos clientes neste ano. Esses clientes possuem um custo inicial, que são para geração de cartões e frete. Só significação algum retorno em médio ou longo prazo.
Inclusive, para lidar com a nova demanda, a companhia aumentou sua base de funcionários de 350 para 900 recentemente, incluindo a alocação de alguns deles em um novo escritório em Berlim.
Ou seja, os fãs do roxinho não tem muito para se preocuparem: em síntese, tudo faz parte da estratégia da empresa, que deverá se mostrar correta (ou não) no balanço da segunda metade desse ano.
De acordo com informações da Exame, a fintech abriu esse ano uma rodada de captação de investimentos que arrecadou US$ 150 milhões para o seu caixa. Esse valor, segundo a empresa, ajuda ela a emitir mais cartões, além de gerenciar perdas com clientes inadimplentes.
Vale lembrar, a Nubank tem um programa de pontos para aqueles que não abrem mão de benefícios adicionais. Ele, inclusive, foi reformulado para cobrar menos em corridas da Uber e compras no iFood.
E você, já possui o seu roxinho? O que acha da companhia? Conte para a gente nos comentários!
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