Economia e mercado 10 Dez
A consulta pública realizada pela Anatel sobre a destinação da faixa de 3,5 GHz, sua regulação e condições de uso segue tendo desdobramentos.
O Sinditelebrasil - entidade que representa as prestadoras de telecomunicações brasileiras - e a Qualcomm, em suas manifestações, alertaram para a necessidade de mais espectro.
Em documentos, a fabricante de chipsets Qualcomm ressaltou que a quantidade de espectro disponível no Brasil na faxixa de 3,5 GHz não atende a demanda de todas as operadoras com 100 MHz para cada uma, e sugere o planejamento em duas etapas:
Num primeiro momento seriam licenciados blocos menores que 100 MHz entre 3,4 e 3,6 GHz. Levando-se em consideração que o mesmo ecossistema desse range se aplica a toda a faixa de 3,3-3,8 GHz, sugere-se então que o Brasil considere disponibilizar mais espectro nessa faixa para o serviço móvel. Assim, num segundo momento seria possível licenciar a quantidade de 100 MHz por operador
Já de acordo com o sindicato, as redes 5G demandarão blocos contínuos de espectro em tamanhos maiores. “Para que seja possível prover serviços básicos em 5G na faixa de 3,5 GHz, os blocos devem ter ao menos 50 MHz. Contudo, blocos de 100 MHz proporcionariam uma experiência de serviço superior”, avalia.
A entidade ainda propõe que a agência reguladora considere a possibilidade de ampliar a destinação da faixa de 3,5 GHz a serviços móveis, complementando a faixa com segmentos entre 3.300 MHz e 3.400 MHz. A proposta foi reforçada pela Telefônica. De acordo com os documentos, "essas eventuais destinações complementares estariam alinhadas aos padrões n77 e n78 do 3GPP com subfaixas entre 3.300 MHz e 3.400 MHz Essa eventual destinação complementar estaria alinhada à nova banda n78 dos padrões Rel. 15 do 3GPP”.
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