Economia e mercado 29 Mar
Já não é de hoje que a relação comercial entre Estados Unidos e China anda estremecida quando o assunto é tecnologia. O país norteamericano acumula brigas com Huawei, ZTE e outros players do mercado oriental.
E dessa vez, uma nova empresa entrou no radar dos Estados Unidos: a China Mobile, maior operadora de telefonia móvel do mundo, com mais de 900 milhões de assinantes.
A companhia foi impedida de oferecer seus serviços nos Estados Unidos, de acordo com a mais recente proposta da Comissão Federal de Comunicações (FCC, sigla em inglês), órgão regulador do mercado de tecnologia dos EUA.
O presidente da FCC, Ajit Pai, propôs a proibição e contou com o apoio da Casa Branca. O assunto ainda precisa da aprovação dos demais membros na próxima reunião da autarquia, mas parece que não haverá muita resistência à medida.
Em sua alegação, o presidente da FCC disse que "proteger nossas redes de comunicação é fundamental para nossa segurança nacional". Disse ainda que, depois de analisar as evidências do processo, incluindo dados fornecidos por outras agências federais, o órgão concluiu que o pedido da operadora para fornecer serviço aos país levanta riscos de segurança nacional.
Vale ressaltar que a China Mobile tem como dono o governo chinês, sob responsabilidade do partido comunista local. Ela possui uma pequena presença em mercados como Reino Unido e Paquistão, mas tem se limitado especialmente ao seu país de origem. O caso ocorre em meio à polêmica envolvendo a Huawei, que tem seus equipamentos 5G acusados de oferecer portas para espionagem.
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