Economia e mercado 07 Fev
Atualização (06/08/19) - JS
O Presidente da República Jair Bolsonaro esteve em São Paulo nesta terça-feira (06) para participar da abertura do 29º Congresso Expofenabrave, e durante o discurso ratificou uma promessa que já tem sinal verde há meses, afirmando que vai realizar a privatização dos Correios.
De acordo com Bolsonaro, esse processo é necessário para "destravar a vida" da população brasileira, que ainda possui uma alta dependência do serviço de entrega padrão do país, que realizou recentemente uma greve. Quando ele disse "Vamos privatizar os Correios", o presidente foi aplaudido pelos empresários que estavam presentes no evento.
Vale lembrar que, caso essa promessa do governo federal se cumpra, já existem duas grandes empresas de olho nos Correios: a Amazon e Alibaba, que são varejistas de alta representatividade nos Estados Unidos e China, respectivamente. Tal compra faria com que a "nova dona dos Correios" aumentasse significativamente a sua participação dentro do mercado varejista brasileiro.
E aí, caro leitor, na sua opinião quem poderia comprar os Correios após o processo de privatização? Deixe a sua opinião nos comentários!
Artigo Original - 26/04
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (25) que já deu "sinal verde" para que sejam feitos os estudos para a privatização dos Correios. A informação foi comentada durante um café com jornalistas no Palácio do Planalto:
Dei sinal verde para estudar a privatização dos Correios. Tem que rememorar o povo sobre o fundo de pensão, que foi o foco de corrupção com o mensalão
A privatização da estatal está nos planos do governo para enxugar a máquina pública. Além disso, membros da equipe do ministro da economia, Paulo Guedes, afirmam que a cessão para a iniciativa privada daria aos Correios mais liberdade para se moldar às necessidades do mercado nos dias atuais.
No entanto, após a publicação dos comentários do presidente, os Correios criticaram a privatização irrestrita. Em um comunicado disponibilizado em seu blog oficial, a estatal lembrou das possíveis perdas que a sociedade brasileira pode enfrentar:
A privatização pura e simples do correio brasileiro será uma perda tanto para o país quanto para a sociedade
Os Correios também citaram no texto alguns exemplos de experiências que foram aplicadas em outros países do mundo. Como exemplo, a estatal cita que a Alemanha apenas abriu parcialmente o capital do Deutsche Post para manter o controle da empresa.
Isso tornou a companhia altamente competitiva ao ponto dela comprar o controle da americana DHL e se tornar a maior empresa do mundo em logística postal. Outro exemplo citado pelos Correios é a privatização da CTT, de Portugal (Correios, Telégrafos e Telefones), que ocorreu em 2014.
Após a cessão para a iniciativa privada, a empresa viu seus lucros caírem e precisou passar por uma reestruturação. Isso acabou deixando 33 cidades portuguesas sem agência. Já na Argentina, a privatização total piorou os serviços e a empresa precisou ser reestatizada.
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